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Imigrantes de países africanos em Israel ficam por agora


O primeiro-ministro de Israel anulou definitivamente nesta terça-feira, 3, o acordo a que chegaram ontem o seu Governo e a Organização das Nações Unidas (ONU) para permitir o realojamento em países ocidentais de um de cada dois dos cerca de 40 mil imigrantes de países africanos residentes, na sua esmagadora maioria, em Telavive.

Na segunda-feira, horas depois de o próprio Benjamin Netanyahu ter anunciado o acordo, ele o suspendeu para consultas, que viria a realizar hoje.

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O fim definitivo do acordo com a ONU, mesmo antes de ser implementado, foi feito por Netanhyahu depois de um encontro com homens de negócios e outras personalidades no sul de Telavive.

A jornalista Rachel Rachewsky Scapa, radicada em Kfar Saba, explica a mudança de opinião do primeiro-ministro a “pressões políticas e outras”.

“Benjamin Netanyahu não é precisamente o mesmo estadista de antes, está sob pressões políticas, de investigações, de ameaças de eleições, e é claro que ele cedeu, principalmente depois da reunião com os líderes em Telavive”, diz Scapa.

Rachel Rachewsky Scapa, jornalista
Rachel Rachewsky Scapa, jornalista

Para a apresentadora e produtora do programa Voz de Israel, o acordo com a ONU está desfeito e, a partir de agora, “os imigrantes africanos serão espalhados por todo o país e não poderão ficar em grandes aglomerados”, como acontece agora.

O acordo com a ONU previa o realojamento de um número entre 16 e 20 mil imigrantes em situação ilegal na Itália, Canadá e Alemanha, entre outros países, e tinha o apoio de 72 por cento dos israelitas que defendem a expulsão deles por terem violado as fronteiras do país.

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Há posições extremadas, acrescenta Scapa, porque enquanto 72 por cento defendem que os imigrantes devem ser expulsos cerca de 28 por cento são a favor deles ficarem no país.

Enquanto o assunto continua em discussão entre os vários sectores, os imigrantes vão ser realojados em todo ao país, deixando de se concentrar apenas na capital.

Os defensores pela saída dos imigrantes “estão a tentar encontrar alternativas para que o Tribunal Supremo não bloqueie a expulsão, concluiu Rachel Rachewsky Scapa.

Recorde-se que um processo de deportação de milhares de imigrantes para o Rwanda estava em curso até que o Tribunal Supremo o suspendeu em Março.

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