O Governo da Hungria já começou a construção de um novo muro na fronteira com a Sérvia para impedir a entrada de refugiados.
Fontes do Governo revelaram nesta segunda-feira, 27, que o projecto custará 135 milhões de euros.
"Este sistema reduz para quase zero o número de cruzamentos ilegais da fronteira", disse György Bakondi, assessor de Segurança do primeiro-ministro Viktor Orban, em entrevista ao jornal "Magyarhirlap".
Este segundo muro, planeado a princípio para ser instalado apenas na fronteira com a Sérvia, será equipado com câmaras de vigilância, termográficas e sensores, a cada 15 centímetros, que activam um alarme quando for tocado.
O assunto está a ser debatido no Parlamento húngaro.
A Human Rights Watch (HRW) e o Comité de Helsinque a favor dos direitos humanos pediram hoje à Comissão Europeia que intervenha para evitar essa mudança na legislação.
"A Comissão Europeia não deveria ficar à margem enquanto a Hungria viola o direito à solicitação de asilo", disse em comunicado Benjamin Ward, subdirector da divisão da Europa e da Ásia Central da HRW.
A Hungria instalou em 2015 um sistema de muros e alambrados para deter o fluxo de refugiados, no momento em que milhares de pessoas que fugiam da guerra e da miséria cruzavam seu território a caminho de países mais ricos, como Alemanha e Suécia.
A Hungria também defendeu a criação de campos de refugiados no Norte da África, mas em visita à Hungria nesta segunda-feira, o ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, Sigmar Gabriel, rejeitou essa ideia avançada.