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Peritos sugerem acção rápida e calibrada contra Boko Haram


Soldado monta guarda, nasequência de um atentado atribuido ao Boko Haram
Soldado monta guarda, nasequência de um atentado atribuido ao Boko Haram

A Human Rights Watch afirma que Boko Haram está ligado a ataques que resultaram na morte de mais de 435 pessoas, este ano

Acção e comedimento

Defensores dos Direitos Humanos e peritos nigerianos lançaram um apelo para uma resposta comedida em termos de segurança, em relação aos recentes actos de violência registados no Norte da Nigéria, por parte de extremistas islâmicos. E advertem que uma reacção desastrada poderá conduzir a ainda mais violência.

A Human Rights Watch exorta as autoridades nigerianas a agir rapidamente para apresentar à justiça os responsáveis pelo que designam por “crimes terríveis”, que causaram a morte a, pelo menos, cem pessoas no Estado nortenho de Yobe, no dia 4 de Novembro.

Os autores daquelas acções foram identificados como elementos do grupo extremista muçulmano, conhecido pelas autoridades e pelos media nigerianos como os Boko Haram, nome que, traduzido, quer dizer: “A educação ocidental é pecado”.

Aqueles extremistas afirmam querer implantar na Nigéria a aplicação estrita da Sharia ou lei islâmica nas áreas do Norte do país. Eles afirmam que irão continuar a sua campanha violenta até que as forças de segurança deixem de perseguir os seus elementos.

Num comunicado emitido esta semana,em Nova Iorque, a Human Rights Watch afirma que o Boko Haram está ligado a ataques que resultaram na morte de mais de 435 pessoas, este ano, incluindo polícias, soldados, líderes comunitários, clérigos muçulmanos, políticos e pastores cristãos.

Mas, aquela organização de defesa dos Direitos Humanos adverte também relativamente aos abusos que têm sido cometidos pela polícia e pelo exército nigeriano. Em 2009, várias pessoas foram mortas em operações para eliminar militantes. Há também informações documentadas acerca de execuções extrajudiciais por parte das autoridades.A Nigéria tem levado a cabo acções legais em resposta a casos específicos de abusos.

Recorda-se que distúrbios irromperam em partes do Norte da Nigéria, depois das eleições presidenciais de Abril - que foram ganhas por Goodluck Jonathan - que é originário de uma região rica em petróleo, no Sul da Nigéria.

A região Sul do país tem, igualmente, vivido anos de violência devido à actividade de grupos militantes que reivindicam que a riqueza do petróleo está mal distribuida.

Analistas políticos americanos entendem que os EUA têm um papel a desempenhar no processo nigeriano, dados os receios de que o Norte se possa começar a assemelhar a zonas da Somália dominadas pela al-Shabab, relacionada com a Al-Qaida.

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