A Faculdade de Medicina da Universidade Mandume Ya Ndemufayo vai realizar uma pesquisa para avaliar as causas e o impacto da gravidez na adolescência na província da Huíla.
O estudo é anunciado numa altura em que só no último trimestre do ano passado 1009 adolescentes abaixo dos 14 anos engravidaram de acordo com dados oficiais avançados pelo principal Hospital Materno e Infantil do Lubango Irene Neto.
“A nossa amostra é de 1.178 indivíduos. Vamos estar a pesquisar 19 conglomerados em cada um dos 66 bairros identificados nos munícios do Lubango da Matala e do Quipungo”, disse o vice-decano da Faculdade de Medicina da UMY, Gilberto Wapota.
O director-geral Hospital Materno e Infantil do Lubango Irene Neto, Flávio Hilário, diz que a situação é assustadora.
“Nós tivemos duas cesarianas em crianças de 12 anos e deste universo estamos a seguir cerca de oito crianças com problemas sérios e que são portadoras do vírus VIH”, adiantou Hilário.
Governo provincial preocupado
O Governo da Huíla diz estar atento os números da gravidez na adolescência e com todas as suas consequências, refere que a preocupação de momento é trabalhar na prevenção.
“ A nossa grande preocupação é trabalhar principalmente as questões de prevenção”, garantiu a vice-governadora da Huíla para o sector político e social, Maria Tchipalavela.
A pesquisa, cujas conclusões da primeira fase devem ser apresentadas em Março, faz parte de um projecto financiado pelo Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP) e o Fundo das Nações para a Infância (UNICEF).