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Huíla: Preços disparam e causam desespero nos consumidores


Mercado do Lubango, Huíla, Angola
Mercado do Lubango, Huíla, Angola

Coincidência ou não, os preços começaram a subir desde o aumento do preço do litro da gasolina de 160 para 300 kwanzas e a desvalorização do kwanza face ao dólar, que nesta quarta-feira, 28, a 900.

O grito de socorro de consumidores ante o aumento dos preços dos produtos da cesta básica na província angolana da Huíla pede ao Governo que tome medidas para evitar a queda ainda mais do poder de compra dos cidadãos.

Coincidência ou não, os preços começaram a subir desde o aumento do preço do litro da gasolina de 160 para 300 kwanzas e a desvalorização do kwanza face ao dólar, que nesta quarta-feira, 28, a 900.

Preços disparam na Huíla e causam desespero - 2:29
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Francisco Tinta andou de armazém em armazém e diz que ninguém vai aguentar se as coisas continuarem assim e apela o Governo a inverter a situação.

“Realmente está assustador, os preços deixaram muito a desejar as famílias. É de se lamentar e se há alguém de direito que possa fazer alguma coisa urgentemente agradecíamos que pudesse fazer uma vistoria aqui ao nível do mercado porque os preços estão assustadores. Nós estamos aqui há quase uma hora só a girar de armazém em armazém a ver se encontramos algo com preço mais acessível mas está difícil”, conta Tinta.

Maria Pereira, funcionária de uma empresa privada, também pede a intervenção do executivo e lembra que a vida não é só feita de comida.

“Vamos trabalhar para a comida, mas tem táxi, tem escola e mesmo assim não chega. Para baixarem os preços porque os salários se mantêm e os preços a cada dia que passa no mercado estão mais altos, como vamos fazer?”, pergunta Pereira.

Para o economista José Makuva, a fraca produção nacional vai continuar a ser um entrave na economia.

“O Estado deve deixar de criar burocracia e vários monopólios que de certa forma inviabilizam os negócios dos agentes económicos e encarecem os produtos e até permitem a escassez de produtos”, sustena Makuva.

A alta dos altos preços da cesta básica no mercado acontece perante o olhar da Autoridade de Inspeção Económica e Segurança Alimentar (ANIESA), que se desdobra em avisos.

“Neste momento, a equipa da fiscalização tem estado no terreno a trabalhar sobretudo nesta primeira fase com os grandes importadores grossistas no auxílio do cálculo do preço para evitar essa tendência de especulação”, afirma o coordenador da na Huíla, Manuel Quilende.

Mas na prática, não passa de apelos e os preços continuam a subir.

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