A rede de moda sueca Hennes and Mauritz (H&M) anunciou nesta quarta-feira, 17, a criação de um cargo de direcção para promover a inclusão após a polémica provocada por um casaco da marca, vestida por uma criança negra e com uma frase considerada racista.
A H&M retirou na semana passada do seu portal o anúncio com a frase 'The Coolest Monkey in the Jungle' (“O macaco mais fixe da selva”) e tirou a peça dos seus armazéns pelas críticas generalizadas recebidas nas redes sociais.
"O recente incidente foi claramente não intencional, mas mostra o quão grande é nossa responsabilidade como empresa global", apontou na conta do Twitter a companhia, que já tinha pedido desculpas anteriormente.
A firma sueca disse que manteve contactos por todo o mundo e que o seu compromisso para abordar a diversidade e a inclusão é "genuíno", e por isso decidiu nomear "um líder global nesta área para fazer nosso trabalho avançar".
Família ameaçada
Entretanto, a família do menino de cinco anos foi obrigada a deixar a casa onde vivia, em Estocolmo, na Suécia, por "questões de segurança".
Em entrevista à BBC, a mãe da criança, Terry Mango denunciou as ameaças depois dela ter sido também alvo de críticas nas redes sociais por defender a H&M.
"Eu respeito a opinião dos outros. Eu sei que o racismo existe, mas para mim a camisola é racista? Não, não é", afirmou na altura Mango.
"Dizem que vendi o meu filho por dinheiro", revelou, sem dar detalhes sobre as medidas de segurança que motivaram a mudança.