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Hillary Clinton desanca golpistas em Bissau


Secretária de Estado Hillary Clinton, discursando em Dacar
Secretária de Estado Hillary Clinton, discursando em Dacar

Governo guineense rejeita críticas internacionais e desafia ONU a provar que há tráfico de narcoticos

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, criticou os responsáveis do novo regime na Guiné-Bissau, acusando-os de corrupção e de aumentarem o tráfico de droga. Discursando em Dacar, onde elogiou a democracia senegalesa, a responsável pela diplomacia americana disse que o que está a acontecer em Bissau é “horrível”.
Hillary Clinton acrescentou que, numa reunião, quarta-feira, com o presidente do Senegal, conversaram longamente sobre o que mais os dois países podem fazer para ajudar o povo da Guiné-Bissau que, disse Clinton, ”certamente merece melhor”.
Bissau não reagiu ainda ao discurso da Secretaria de Estado norte americana, conforme o qual, o tráfico de drogas está a aumentar, enquanto que a "corrupção desenfreada e a ganância, estão a generalizar-se".
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As declarações de Clinton acontecem um dia depois do Ministro da Justiça guineense, Mamadu Saido Djalo, ter desmentido o relatório do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para qual, depois do golpe de estado de 12 de Abril passado, o país assinalou um aumento considerável do nível de tráfico de estupefacientes. O titular da pasta da Justiça, desafiou a ONU apresentar provas.
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Ainda do discurso contundente de Hillary Clinton, em Dakar, sobre a alegada influência de narcotraficantes no pais, de referir que, segundo ela, regista-se agora uma tendência muito preocupante de que a Guiné-Bissau, a menos que o povo, com ajuda de seus vizinhos e a Comunidade Internacional digam não, poderia se tornar um Estado totalmente dependente de traficantes de drogas da América Latina. Ora, de ponto de vista diplomático, fontes governamentais, consideram que esta citação fere a imagem do actual Governo de Transição, que, alias, tem enfrentado dificuldade de uma afirmação consistente no plano internacional.
Seja como for, se é uma coincidência a não, a verdade é que podemos registar uma visão comum entre as Nações Unidas e os Estados de América sobre o que passa na Guiné-Bissau quanto as evidencias de um aumento ou não de trafico de droga.
A forte e insistente pressão da comunidade internacional sobre o facto, tem constituído, por outro lado, a razão de alguma forca de presença das entidades guineenses vocacionadas na luta contra o narcotráfico. Caso para citar a Policia Judiciária que, por sua vez, anuncia falta de meios e elementos de protecção aos seus agentes que sistematicamente enfrentam ameaças nas suas operações, muitas vezes envolvendo altas figuras do Estado.

A DECLARAÇÃO DE HILLARY CLINTON
"Na Guiné-Bissau, nenhum presidente eleito conseguiu completar um mandato completo de cinco anos e, em Abril passado, um golpe militar mais uma vez interrompeu normalidade constitucional. Nós agradecemos ao Senegal por contribuir com tropas para a força de estabilização da CEDEAO. A economia já enfraquecida está a entrar em colapso. A produção de cajú vai cair em metade, de acordo com as estimativas. Mas o que está a crescer? O tráfico de drogas. A corrupção desenfreada e a ganância, estão a generalizar-se. E vemos uma tendência muito preocupante, de a menos que o povo com a ajuda dos seus vizinhos e a comunidade internacional digam não, a Guiné-Bissau se tornar um estado totalmente dependente dos traficantes de droga da América Latina. Isso seria horrível. O presidente (do Senegal) e eu conversamos longamente sobre o que mais poderíamos fazer para ajudar, e estamos prontos para fazê-lo, porque o povo da Guiné-Bissau, certamente merece melhor".
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