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Haitianos exigem pedido de desculpas ao Presidente Trump


Centenas de haitianos manifestaram-se hoje junto da casa de praia na Florida

Várias centenas de haitianos protestaram nesta segunda-feira, 15, perto de Mar-a-Lago, propriedade do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no sul da Flórida, para exigir-lhe um pedido de desculpas por seus supostos comentários “insultantes” sobre o Haiti.

A imprensa local cifrou entre 200 e 400 o número de participantes na manifestação em Palm Beach, cidade que dista cerca de 100 quilómetros ao norte de Miami, onde residem muitos haitianos.

Os manifestantes ficaram perto do perímetro de segurança que rodeia o clube Mar-a-Lago, onde Trump passa o feriado Dr. Martin Luther King Jr.,dedicado ao defensor dos direitos civis da população negra, nascido a 15 de Janeiro de 1929.

Segundo o jornal "Sun Sentinel", os manifestantes gritaram palavras de ordem como "Queremos desculpas".

O organizador da manifestação, James Leger, um activista e locutor de rádio haitiano, disse que se o reverendo King, que foi assassinado em 1968, estivesse vivo, "estaria a manifestar connosco", revelou o "Sun Sentinel".

"Vamos rezar pelos Estados Unidos e pelo Presidente Trump. As pessoas cometem erros. Não estamos pedindo o impeachment, só pedimos que se desculpe", acrescentou a mesma fonte.

O portal "Palm Beach Post" indicou que a manifestação foi crescendo ao longo da manhã até chegar a cerca de 400 pessoas.

Charlemagne Metayer, um haitiano nacionalizado americano, declarou que muitos dos manifestantes têm até três empregos para poderem manter as suas famílias.

"Somos gente que trabalha muito e merecemos uma desculpa do Presidente", ressaltou Metayer.

Os manifestantes criticaram também a decisão do Governo Trump deacabar com o programa Estatuto de Protecção Temporária (TPS, na signa em inglês) para imigrantes do Haiti, que se calcula que beneficiava mais de 58 mil pessoas, com o argumento que o país caribenho já está em condições de recebê-los.

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