A construtora brasileira Odebrecht está a investir na localidade da Hanha do Norte, a cerca de 40 quilómetros do local projectado para a Refinaria do Lobito, com acções que visam dinamizar o tecido produtivo.
Por via de uma associação comunitária, a empresa brasileira procedeu a entrega de uma moageira e de uma fábrica que produz sabão de forma artesanal.
O incentivo à agricultura complementa o apoio de uma firma com mais de 10 anos na província de Benguela.
A chegada do tempo chuvoso fez soar o alarme na Hanha do Norte, com o soba a lembrar estragos causados na altura em que mais se falava do Lobito e de Benguela.
Foi apenas um breve recado enviado ao Governo, até porque o momento era reservado às contas dos últimos 12 meses em sectores apoiados pela Odebrecht.
Criada há dois anos, a associação Tuyula Lomunga ressalta a ajuda direccionada a camponeses locais e a instalação de uma fábrica de sabão, que produz mil e quinhentas unidades por dia.
Bonifácio Joaquim, líder da associação comunitária, fala dos ganhos obtidos até ao momento, colocando o acento tónico na produção de bens como o tomate, a cebola, cenoura, alface e a mandioca.
“Tivemos, portanto, um balanço positivo a nível da agricultura. Já mandámos para o estaleiro, na cozinha da Sonaref (Refinaria), perto de 76 toneladas de produtos diversos. Na moagem, foram processadas duzentas e cinco toneladas de milho. O dinheiro arrecadado é para a associação, para resolver os seus problemas”, disse Joaquim.
Para uma região que tenciona dinamizar o tecido produtivo, não há como fugir do problema da falta de energia eléctrica.
“Temos um projecto a médio ou longo prazo para ver se conseguimos dois geradores para o abastecimento da comunidade”, lembrou aquele líder comunitário.
Ainda assim, é a notória a satisfação dos beneficiários.
A Hanha do Norte tem uma população superior a seis mil habitantes.