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Guiné-Conacry: Oposição rejeita nova Comissão Eleitoral Independente


Milhares de guineenses juntaram-se num protesto da oposição em Conacry contra o governo - Setembro 2012
Milhares de guineenses juntaram-se num protesto da oposição em Conacry contra o governo - Setembro 2012

Acção pode atrasar as eleições. Os partidos da oposição exigem um número igual de membros ao do partido do governo e avançam com queixas ao Tribunal Supremo

Na Guiné-Conacry os partidos da oposição estão a protestar contra a reforma da comissão eleitoral apelando a intervenção do Tribunal Supremo e a manifestações de rua.

É a última fase na disputa as vezes violenta entre o partido no poder e a oposição em torno das eleições legislativas há muito atrasadas.

O governo guineense anunciou esta semana a lista de membros da comissão eleitoral independente, necessária a organização das atrasadas eleições parlamentares. Mas alguns líderes da oposição disseram que a lista atenta contra a lei, por não incluir o número de membros da oposição estipulados pela lei.

Aboubacar Sylla é porta-voz do principal partido da oposição da Guiné-Conacry, e falando a jornalistas Terça-feira, disse que a lista do governo inclui apenas nove dos 10 membros submetidos pela coligação. O grupo está a pedir ao Tribunal Supremo para suspender os trabalhos da comissão eleitoral até que uma nova lista seja estabelecida em conformidade com a lei, concluiu Aboubacar Sylla.

Os líderes da oposição disseram ainda que se o Tribunal Supremo validar a lista apresentada pelo governo, eles iriam convocar manifestações de rua. Nos últimos meses os protestos de rua em Conacry acabara em violentas e as vezes mortíferas confrontações com a polícia que é acusada pela oposição do uso excessivo da força, isso enquanto o governo acusa os militantes da oposição de atacarem as forças de segurança.

De acordo com a lei em vigor, a Comissão Eleitoral deve ser composta de 10 membros da oposição igual número de membros do partido no poder, mais outros 5 vindos da sociedade civil e da administração.

A Guiné-Conacry há muito que elegeu o parlamento durante as eleições de 2008, quando os militares assumiram o poder a seguir a morte do então presidente Lansana Conté.

Os membros da Comissão Eleitoral independente deviam tomar posse e eleger um presidente desta instituição hoje, mas o acto foi adiado devido a disputa política despoletada em torno da proposta do governo para a sua composição.
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