Na Guiné-Conacri, as autoridades estão a acusar os taxistas de transportarem pessoas infectadas com o Ébola sem notificarem os serviços de saúde. O governo afirma que isso está parcialmente na origem da recente subida de casos da doença.
A região de Coyah a apenas 50 Km de Conacri está a registar um aumento dos casos de Ébola.
As autoridades locais aceleraram a campanha explicando de que modo se pode travar o alastramento da doença mas para já a mesma não teve o efeito desejado.
As autoridades guineenses dizem que o aumento dos casos deriva do facto de taxistas locais, tanto em automóveis como em motocicletas, que atravessam a fronteira até à cidade de Forecariah trazendo para Coyah os doentes provenientes da Serra Leoa.
O governo afirma que os taxistas estão a transportar pessoas que querem escapar á detecção das equipas médicas, com medo de morrerem nos centros de tratamento.
Contudo o presidente da associação de taxistas de Coyah afirma que tal não corresponde à verdade.
Ibraim Summah disse à VOA que os taxistas estiveram na linha da frente da luta contra o Ébola desde o inicio da epidemia. Ele diz que nunca nenhum foi apanhado a transportar um doente com Ébola e que na realidade eles se recusam a transportar passageiros que não se lavem com detergente antes de entrarem nos veículos.
Summah afirma que existe detergente desinfectante na praça de táxis e que todos os clientes devem lavar devidamente as mãos antes de entrarem nos carros.
As suspeitas recaem sobretudo nos motociclistas visto que é mais fácil para eles atravessarem a fronteira. Contudo para Abubakar Sylla , o presidente da associação dos motoqueiros, é injusto pensar assim.
Segundo Abubakar, os motociclistas transportam algumas pessoas para o hospital mas não atravessam a fronteira. Acrescenta que os taxistas da associação de motoqueiros pedem sempre aos seus passageiros que tomem precauções lavando-se com desinfectante para impedir a propagação da doença.
Desde o inico do ano verificaram-se mais de 800 óbitos na Guiné-Conacri devido ao Ébola existindo neste momento mais de um milhar de casos, com três novas localidades na lista das zonas infectadas.