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Governo turco convoca embaixador americano e condena declaração do Presidente Biden


Recep Tayyip Erdogan, Presidente da Turquia
Recep Tayyip Erdogan, Presidente da Turquia

Presidente americano classificou de genocídio a morte de 1,5 milhões de arménios na Primeira Guerra Mundial e Ancara fala em ferida difícil de curar

O Governo da Turquia convocou o embaixador dos Estados Unidos em Ancara para condenar a declaração do Presidente Joe Biden que ontem classificou de genocídio o massacre de centenas de milhares de arménios pelo Império Otomano durante a Primeira Guerra Mundial.

O Ministério das Relações Exteriores da Turquia informou que o vice-ministro Sedat Onal disse ao diplomata americano David Satterfield na noite de sábado, 24, que a declaração de Biden não tinha base legal e que Ancara "a rejeitou, considerou-a inaceitável e a condenou nos termos mais fortes"

O Governo turco afirmou que os Estados Unidos, um aliado da Nato, causaram uma "ferida nas relações que será difícil de curar".

No sábado, Biden tornou-se no primeiro Presidente dos Estados Unidos a chamar de genocídio as mortes de cerca de 1,5 milhão de arménios nas mãos do Império Otomano, actual Turquia, entre 1915 e 1923.

Momentos depois da declaração do Presidente, o ministro turco das Relações Exteriores, Mevlut Cavusoglu, escreveu no twitter: "As palavras não podem mudar ou reescrever a história. Não vamos aprender com ninguém sobre nossa história".

A Turquia sempre negou o genocídio ou qualquer plano deliberado para exterminar os arménios, afirmando que foram vítimas da guerra e muitas delas nas mãos dos russos.

Ancara mantém que o número de arménios mortos foi bem menor.

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