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Governo moçambicano e credores internacionais com "negociações difíceis" em Londres


Adriano Maleiane
Adriano Maleiane

Analistas dizem que a credibilidade do Estado encontra-se em causa

O Governo moçambicano vai reunir-se no dia 20 de Março, em Londres, no Reino Unido, com os seus credores internacionais na tentativa de reestruturar a sua dívida pública, de modo a trazê-la a níveis de sustentabilidade.

Analistas antevêem negociações difíceis sobre as chamadas dívidas escondidas, antes da prestação de contas e responsabilização dos indivíduos envolvidos na sua contratação por parte do Executivo de Maputo.

Entre 2013 e 2014, as empresas Ematum, ProIndicus e Mam, contraíram, de forma ilegal, dívidas no valor de dois mil milhões de dólares.

O destino da maior parte do dinheiro continua por apurar, com as empresas a justificarem que se trata de matéria de segurança nacional.

Para o economista António Francisco, o Estado moçambicano caiu em descrédito e deixou de inspirar confiança aos credores e investidores, sobretudo porque o próprio Estado violou as normas do ordenamento jurídico.

O Centro de Integridade Pública (CIP) exige que o Ministério Público tome medidas concretas contra os indivíduos envolvidos na contratação e gestão ilegais da dívida, evitando que estes interfiram negativamente na investigação em curso.

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