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Governo da Huíla, Igreja e comunidades mantêm "braço-de-ferro" sobre fontanário de agua


Em causa acesso à agua em Tchihepepe

Na província angolana da Huíla, prossegue o braço de ferro entre o Governo e as comunidades da localidade de Tchihepepe no município dos Gambos pela disputa de um fontanário de água.

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Depois das denúncias das comunidades que alegam que o projecto do Governo provincial em execução visa atender fazendas privadas, é o próprio executivo que vem assegurar que o mesmo persegue metas maiores na região.

O director provincial de Energia e Águas, Abel Costa, entende que o aparente descontentamento das comunidades não engaja a todos e que existem por trás outros interesses da Igreja Católica no local.

Costa diz que o projecto do Governo iniciado em Julho é para continuar e garante que estão acautelados os interesses das comunidades.

«As pessoas ligadas à Igreja aqui têm intenções de criar aqui um grande aldeamento que todos nós aplaudimos. Estamos a buscar as melhores formas de entendimento, acautelando os interesses em causa, mas não vamos inviabilizar um projecto que está muitíssimo avançado e vai significar bastante. A abordagem vai continuar vamos conversar e vamos nos entender. O projecto avança e não é por causa de uma pequena fonte que vamos inviabilizar esta iniciativa que tem de estar concluída nos prazos estabelecidos.

Uma das vozes activas contra a instalação do projecto governamental é a missão católica de Santo António, representada pelo padre, Jacinto Pio Wakussanga.

O sacerdote diz estar disposto a avançar por vias legais para impedir que água saia do polémico aquífero.

«Estudos podem ser feitos para que se dê água não só ao gado mas também à população. Sem a autorização do povo a água não pode ser retirada da missão”, garante pároco da missão católica de Santo António nos Gambos, Jacinto Pio Wakussanga.

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