O Governo guineense, através do Ministério da Finanças, convidou o antigo Chefe de Estado-maior da Armada guineense, José Américo Bubo Na Tchuto, actualmente preso em conexão ao caso 1 de Fevereiro de 2022, a abandonar a casa onde reside.
Na carta, datada de 6 de Janeiro deste ano, assinada pelo ministro das Finanças, Ilídio Vieira Té, a que VOA teve acesso, o Governo diz constatar que o imóvel “pertença do Estado, não tem sido dada a utilização para os fins que se perspectivou e tem vindo a degradar-se acentuadamente”.
Assim, “na qualidade do gestor do património do Estado” o ministro convida Bubo Na Tchuto “a proceder, no prazo de 90 dias, a entrega e devolução do imóvel por si ocupada no bairro dos Ministros, no alto bandim, para, desta forma, permitir ao Governo executar as obras de reabilitação e recuperação que se impõe”.
José Américo Bubo Na Tchuto, actualmente nas celas da segunda esquadra em Bissau, tem sido acusado pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, nas suas intervenções públicas, de ser o principal responsável pelo ataque ao palácio do Governo no dia 1 de Fevereiro de 2022 em plena reunião do Conselho de Ministros.
O militar foi detido em Abril de 2013 por agentes do departamento de combate à droga dos Estados Unidos, DEA, nas siglas em inglês, em águas internacionais e foi condenado a quatro anos de prisão por tráfico de drogas.
Ele cumpriu três anos e sete meses da pena.
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