O governo de Mianmar e oito grupos étnicos armados assinaram, ontem, um acordo de cessar-fogo, concluindo mais de dois anos de negociações com o objectivo de terminar os prolongados conflitos em grande parte do país.
O acordo, no entanto, não conseguiu ter toda a abrangência nacional desejada, com sete dos 15 grupos armados recusando assinar devido a desentendimentos sobre quem deveria ser incluído no processo e a contínua desconfiança em relação ao governo parcialmente civil de Mianmar, com poderosas Forças Armadas.
O presidente do país, o ex-general Thein Sein, fez do cessar-fogo no país uma das principais plataformas de sua agenda reformista, após assumir o poder em 2011 e terminar quase 50 anos de governo militar.
Apesar das abstenções terem representado um duro golpe para o presidente, que pressionou para que um acordo fosse assinado antes das eleições gerais de 8 de novembro, ele descreveu o acordo como histórico.