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Governo americano disponibiliza documentos sobre Kennedy, mas não todos


Lee Harvey Oswald, acusado de assassinar Kennedy
Lee Harvey Oswald, acusado de assassinar Kennedy

Investigadores esperam ter mais luz sobre o assassinado do Presidente

O Presidente americano autorizou a abertura na quinta-feira, 26, de 2.891 arquivos até agora confidenciais sobre o assassinato Presidente John F. Kennedy, em 22 de Novembro 1963, que analistas admitem poder revelar novos detalhes do evento que tem sido alvo de muitas teorias de conspiração.

Nem todos os arquivos sobre o caso foram disponibilizados, com Donald Trump a atender a pedidos de última hora da agência de inteligência CIA e da polícia de investigação FBI.

O Presidente concordou adiar a divulgação de documentos para que os agentes possam fazer novas análises à procura de informações sensíveis.

De acordo com o comunicado oficial, foram retidos documentos que possam prejudicar a segurança nacional ou relações internacionais e que serão reanalisados num prazo de seis meses.

O conteúdo deles deverá ser divulgado em 26 de Abril de 2018.

O Arquivo Nacional dos Estados Unidos estabeleceu em Novembro de 1992 a colecção de registos sobre o caso, com mais de cinco milhões de páginas.

A grande maioria, no entanto, já havia sido disponibilizada publicamente sem restrições desde o final da década de 1990.

A 24 de Julho deste ano, 3.810 documentos já haviam sido divulgados, incluindo 441 até então completamente secretos e 3.369 parcialmente secretos.

Kennedy tinha 46 anos quando morreu e continua sendo um dos presidentes norte-americanos mais admirados.

A Comissão Warren, que investigou o assassinato do Presidente, determinou que ele foi executado por um ex-atirador de elite da Marinha, Lee Harvey Oswald, e desertor da União Sociética, e que terá agido sozinho.

Oswald foi morto dois dias depois pelo dono de uma boate, aumentando ainda mais as teorias de conspiração que investigadores pretendem encontrar respostas.

A conclusão formal não foi suficiente, no entanto, para reprimir as especulações de que há uma trama mais sinistra por trás do assassinato de Kennedy.

Centenas de livros e filmes, como o longa-metragem "JFK - A Pergunta que Não Quer Calar" (1991), de Oliver Stone, alimentaram a indústria da conspiração, apontando como culpados os rivais dos Estados Unidos na Guerra Fria, União Soviética e Cuba, a máfia e até mesmo o vice-presidente Lyndon B. Johnson.

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