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Gaza: Netanyahu promete expandir a guerra contra o Hamas, número de mortos aumenta


Benjamin Netanyahu
Benjamin Netanyahu

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, prometeu expandir a guerra do seu país contra o Hamas em Gaza, enquanto as autoridades de saúde do enclave relataram dezenas de vítimas num ataque israelita a um campo de refugiados.

“Estamos a expandir a luta, nos próximos dias, e esta será uma batalha longa e não está perto de terminar”, disse Netanyahu aos membros de seu partido Likud, nesta segunda-feira, 25.

Os ataques israelitas atingiram o centro de Gaza, na noite de domingo e segunda-feira. As autoridades de saúde no território controlado pelo Hamas disseram que, pelo menos, 70 pessoas foram mortas num ataque aéreo israelita que atingiu o campo de refugiados de Maghazi.

Os militares israelitas disseram que estavam a rever o alegado ataque em Maghazi, ao mesmo tempo que reiteraram o seu compromisso de minimizar os danos aos civis na sua guerra para eliminar o grupo militante Hamas.

Israel também relatou várias outras mortes entre os seus soldados, elevando o número de mortos desde sexta-feira para 17 e o número total de mortes de soldados israelitas desde o lançamento da sua operação terrestre em Gaza para 156.

A ofensiva israelita, que incluiu milhares de ataques aéreos, além de operações terrestres, deixou vastas partes de Gaza em ruínas e matou 20.400 palestinianos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

Os combates também deslocaram a maior parte dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza, com muitos deles a tentar encontrar segurança em abrigos sobrelotados geridos pela ONU no sul de Gaza.

Tragédia

Numa missa solene da véspera de Natal, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, o Papa Francisco lamentou que a mensagem de paz de Jesus esteja a ser abafada pela “lógica fútil da guerra” na terra onde nasceu.

“Esta noite, os nossos corações estão em Belém, onde o Príncipe da Paz é mais uma vez rejeitado pela lógica fútil da guerra, pelo confronto de armas, que ainda hoje o impede de encontrar espaço no mundo”, disse o Papa Francisco enquanto o número de mortos continua a subir em Gaza.

O chefe da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse, no domingo, que o sistema de saúde em Gaza estava a ser destruído e reiterou o seu apelo ao cessar-fogo.

“A dizimação do sistema de saúde de Gaza é uma tragédia”, escreveu Ghebreyesus no X. “Persistimos em pedir #CeasefireNow.”

Até 20 de Dezembro, a OMS tinha registado 246 ataques aos cuidados de saúde em Gaza, incluindo hospitais e ambulâncias, resultando em 582 mortes e 748 feridos.

Militantes do Hamas invadiram a fronteira de Gaza, a 7 de outubro e atacaram comunidades do sul de Israel, matando cerca de 1.200 pessoas, segundo Israel.

O Hamas, designado grupo terrorista pelos EUA e outros, também fez cerca de 240 reféns, dos quais 129 permanecem em Gaza.

Em resposta, Israel prometeu esmagar o Hamas e lançou uma ofensiva aérea, terrestre e marítima.

Israel disse que o Hamas é o culpado pelo elevado número de mortes de civis, citando o uso de áreas residenciais lotadas e um sistema de túneis em todo o enclave.

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