Uma semana depois de ter sido detido por organizar uma marcha com 300 alunos para exigir carteiras na escola em que ensina no município de Viana, em Luanda, o professor Diavava Bernardo diz ter retomado as aulas.
Ele afirma que os estudantes receberam-no com alegria e sente-se satisfeito por ver o Governo fazer alguma coisa em prol da educação.
Entretanto, Bernardo lembra estar a enfrentar quatro processos.
Sem responder a questões referentes à justiça, em exclusivo à VOA afirma que teve de redobrar esforços em prol da sua segurança.
O coronel Bernardo diz não ter pensado nas várias acusações, que agora pesam contra si, incluindo faltas, mas sente-se feliz ao ver o Governo dotar a escola de carteiras.
“Fui movido pela compaixão. Na verdade é doloroso para mim, enquanto docente, ver os meninos sentados no chão e as meninas também enfrentarem o risco de contraírem uma infecção. Aquilo partia-me o coração sempre que cruzava o portão da escola”, conta o docente que explica que “queríamos apenas ser ouvidos, sem nenhum alvoroço, para conseguirmos aquilo que é necessário para a aprendizagem”.
O professor reconhece que fica “triste com as acusações” e confirma que foi agredido porque “é um facto público que não podemos ocultar”.
Diavava Bernardo foi acusado por organizar uma marcha não autorizada e por danos materiais, alegadamente por destruição de carteiras na escola.
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