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Professor levou alunos a manifestarem-se e agora faz face a processo disciplinar e judicial


 Foto de arquivo
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Encarregados de educação divididos quanto à sua atitude

Um professor do ensino público que levou mais de 300 alunos a se manifestarem contra falta de carteiras numa escola do ensino primário nos arredores de Luanda faz gora face a um processo disciplinar e outro judicial.

Professor levou alunos a manifestarem-se contra falta de carteiras agora é alvo processo disciplinar e criminal – 2:39
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O professor Diavava Bernardo, também conhecido por Coronel Bernardo foi preso no dia 13 por levar às ruas de Luanda mais de 300 alunos para se manifestarem contra falta de carteiras numa escola do ensino primário na Estalagem, Município de Viana.

O professor foi libertado no dia 14 sob termo de identidade e residência e disse à Voz da América que ‘e agora alvo de um processo disciplinar levantado pelo ministério da Educação e outro processo judicial na Procuradoria Geral da República por ter coordenado a manifestação.

Encarregados de educação divergem em relação à atitude do professor Diavava Bernardo.

Manuela Miguel disse que o professor colocou em risco a vida de centenas de estudantes tendo em conta a a situação que se vive no país.

“Ele colocou menores em risco as crianças que saem de casa para escola estudar e não para irem a administração pedir carteiras”, disse

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Opinião contraria tem Adolfo Munjila que acredita ser esta uma forma dos professores contribuírem para melhoria das suas escolas quando não estiverem a serem ouvidos.

“Achei que essa atitude do professor foi o último recurso que é para exigir a dignidade dos seus estudantes”, disse acrescentando que se mais professores tivessem a mesma atitude “As condições nas escolas públicas teriam melhorada” disse.

O analista Agostinho Sikato enaltece a atitude do professor e alerta que o processo contra o coronel Bernardo, só vem demonstrar a falta de seriedade das autoridades angolanas.

“Estão a transformar o professor num monstro porque o professor destapou erros graves nesse sistema”, disse acusando ainda “a máfia ia que anda a desviar o dinheiro”.

“É uma escola pública e é uma unidade orçamentada se é orçamentada tem que ter carteiras”, disse.

Francisco Teixeira, presidente do Movimento dos Estudantes Angolanas, explica que há falta de carteiras em muitas escolas do país, e que as entidades locais têm enganado constantemente o Presidente da República.

“Infelizmente o Presidente da República está mal rodeado e não lhe vai permitir fazer muita coisa porque a máfia das carteiras existe em todo país”, disse

“Em 80% das escolas faltam carteiras”, disse.

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