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França: Antigos presidentes de municípios ruandeses em julgamento por genocídio


Mais de 800 mil pessoas perderam a vida...
Mais de 800 mil pessoas perderam a vida...

Dois antigos presidentes de municípios ruandeses estão em julgamento, a partir de hoje, na França, acusados de genocídio e crimes contra a humanidade nos massacres de 1994.

Tite Barahirwa, 64 anos de idade, e Octavien Ngenzi, de 58, são acusados de terem desempenhado papéis directos no massacre de dois mil tutsis, que procuravam se refugiar numa igreja na cidade de Kabarondo, a 13 de Abril de 1994.

Testemunhas disseram ter visto Barahirwa empunhando uma lança durante um comício, na manha desse dia, num campo de futebol, tendo na ocasião qual pedido “trabalho”, código para indicar o assassinato de tutsis.

Ambos recusam as acusações. Se forem considerados culpados poderão enfrentar a prisão perpétua.

O julgamento, que deverá durar oito semanas, será gravado para fins históricos. Mais de 100 sobreviventes, familiares e testemunhas, muitos residentes no Ruanda, deverão estar presentes.

A França obteve uma permissão especial das Nações Unidas para julgar os crimes relacionados com o genocídio do Ruanda, que foi liderado por extremistas da etnia Hutu. Pelo menos 800 mil Tutsis e Hutus moderados foram mortos.

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