A economia angolana deve crescer 1,3 por cento ano e, assim, dar início à recuperação depois de três anos de profunda crise.
O Relatório sobre as Perspetivas Económicas Regionais para a África Subsaariana, do Fundo Monetário Internacional (FMI), justifica esse crescimento com o amento da despesa pública neste ano eleitoral, mas reitera que a economia angolana mantém um crescimento muito abaixo da média desde o princípio da década, em que a expansão mais lenta foi de 2,4 por cento, em 2009.
Para 2018, a previsão é de um crescimento económico de 1,5 por cento.
"Em Angola, uma perspectiva orçamental mais expansionista nas vésperas das eleições deste ano, juntamente com uma melhoria nos termos do comércio, deverá aumentar o crescimento para 1,3 por cento", sustenta o FMI.
Os especialistas do FMI lembra que Angola foi bastante afectada pela descida do preço do petróleo desde meados de 2014, “o que provocou um desequilíbrio nas contas públicas devido à diminuição de receitas fiscais”.
Angola e outros países produtores de petróleo ainda “estão a debater-se com as pressões na balança de pagamentos e a perda orçamental".
Nigéria, África do Sul e Angola, segundo o FMI, vão ajudar a impulsionar o crescimento da económica da África Subsariana que deverá rondar os 2,6 por cento em 2017.
Entretanto, as principais economias da região continuam a enfrentar o peso da dívida sobre o Produto Interno Bruto (PIB), que aumentou, em média, cerca de sete vezes.
O FMI escreve que esse peso passou de uma média de 8 por cento em 2013 para 57 por cento em 2016, sendo "especialmente agudo na Nigéria, com 66 por cento", enquanto em Angola a dívida valia no ano passado 71,9% do PIB.