Há ainda por parte do governo angolano esbanjamento de dinheiro, disse o porta voz da UNITA Alcides Sakala.
Como exemplo disso Sakala fez notar o aluguer de um avião de luxo para levar o presidente João Lourenço à Belgica e França “que custou milhões de dólares”.
O porta voz da UNITA disse que “a tendência” actual da economia angolana é de piorar, pelo que “há que se repensar o modelo para se diversificar a economia”.
Contudo o Fundo Monetário Internacional deu nota positiva às políticas
económicas do Presidente João Lourenço.
Numa nota emitida a partir de Washington, resultante do acompanhamento que faz da evolução do estado da economia angolana, a instituição elogia o modo empenhado como o novo Governo está a trabalhar para restabelecer a estabilidade macroeconómica e a implementar reformas.
O FMI destaca, que desde a realização das eleições do ano passado, o Governo do Presidente João Lourenço tem estado a implementar políticas com o objectivo de recuperar a estabilidade macroeconómica e melhorar a governação, afastando altos funcionários do antigo Governo, instaurando inquéritos de investigação sobre possíveis apropriações indevidas de fundos de várias instituições públicas, tendo criado, inclusive, uma unidade especializada contra a corrupção.
A instituição lembra que o baixo preço do petróleo e o modo como era conduzida a política económica antes da entrada em funções da nova equipa governativa colocaram a economia do país sob pressão, referindo que a queda drástica do preço do petróleo, reduziu substancialmente as receitas fiscais e de exportação, travando o crescimento da economia e provocando uma aceleração brusca da inflação.
A nota do FMI recorda que o governo lançou o programa de estabilização
macroeconómica no início de Janeiro de 2018.
O plano preconiza a consolidação da política orçamental, maior flexibilidade na taxa cambial, reduzindo o rácio da dívida pública do PIB para 60% a médio prazo, melhorar o perfil da dívida através de uma
operação de gestão de passivos, liquidação dos pagamentos dos
atrasados a nível nacional, garantindo uma implementação efectiva da
legislação sobre o branqueamento de capitais.
Diz ainda a nota que a Assembleia Nacional aprovou um orçamento
prudente para 2018 que prevê uma melhoria do saldo orçamental primário
petrolífero de 2% do PIB.