O grupo que luta pela independência de Cabinda, FLEC-FAC diz que vai continuar a guerra na província que considera não pertencer a Angola.
"Estamos em guerra e vamos ficar em guerra contra a ocupação ao longo das nossas vidas, pois o povo de Cabinda vai continuar", afirma a organização em comunicado no qual diz que a comemoração do Acordo de Luena, que marcou o fim da guerra civil em 2002, “é um assunto entre angolanos, que em nada nos diz respeito”
“Pela nossa parte, a FLEC-FAC continuará a guerra que nos é imposta pela potência ocupante e estrangeira que é Angola", reitera o documento assinado por Jean Claude Nzita, que apela ainda "a todos os cabindas, do interior e da diáspora, das cidades, das povoações e das matas, para se juntarem à resistência para intensificar a luta armada em todo o território de Cabinda contra a ocupação ilegítima por parte de Angola".
A FLEC-FAC assinou a 1 de Fevereiro de 1885 o Tratado de Simulambuco, que fez de Cabinda num "protectorado português", facto que, segundo a organização, determina ser a região independente de Angola.