As Forças Armadas Angolas receberam 310 milhões de dólares de fundos públicos para apetrechar as suas fileiras, de acordo com um decreto presidencial de 7 de Junho.
A decisão provoca reacções diferentes.
O brigadeiro das FAA e especialista do Centro de Estudos Estratégicos Correia de Barros diz não haver nenhuma razão em especial para a modernização do exército.
“Esta verba atribuída às FAA é uma dotação de rotina e não há nada de especial de que o exército precise", explicou Correia de Barros, que desta forma entende esse reforço orçamental.
Opinião diferente tem outro especialista militar, o general e deputado Abílio Kamalata Numa.
"Neste momento não precisamos de um exército enorme, temos gente que não faz nada no quartel e que podia ser mobilizada para a reconstrução nacional”, sublinha Numa, para quem os recursos ora empregues podiam servir outros sectores.
“Certos movimentos feitos pelo candidato do MPLA, que foi à Rússia e talvez a Cuba indiciam o amortizar da dívida do país e a compra de material bélico que nesta altura não é prioridade para o país", concluiu o general e deputado da UNITA.
A dotação orçamental adicional destina-se ao programa de potencialização e apetrechamento técnico e militar das FAA, de acordo com o decreto presidencial.