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Ex-militares da UNITA responsabilizam o partido por não terem beneficiado do processo de desmobilização


Jonas Savimbi (no centro, com óculos escuros), em 1975, no Huambo, com guerrilheiros
Jonas Savimbi (no centro, com óculos escuros), em 1975, no Huambo, com guerrilheiros

Porta-voz do partido diz que assunto foi tratado no último encontro entre Isaías Samakuva e o Presidente da República

Um grupo de cerca de 1.800 antigos militares do exército da UNITA queixam-se de não se terem do processo de desmobilização e acusam o partido fundado por Jonas Savimbi de não ter qualquer interesse em resolver a situação.

Militares da UNITA aidna à espera de desmbolização - 2:15
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O porta-voz da UNITA, Alcides Sakala, diz que o assunto foi abordado na última reunião entre o presidente do partido, Isaías Samakuva, e o Chefe de Estado, João Lourenço.

Um grupo da tropa especial denominada “guarda republicana”, criada em 1996 e composto por 1.800 militares, na província do Cuando Cubango, pelo fundador da UNITA Jonas Savimbi, reclama pela sua desmobilização que devia ter sido feita em 2002.

Calvino Moisés André, que diz ter sido o comandante da tropa na altura, acusa a UNITA e o Governo de não se interessarem em desmobilizar os mais de 1000 homens.

“A UNITA, como dona da tropa, devia estar interessada junto do Governo para desmobilizar as tropas”, acrescenta André.

Em resposta, Alcides Sakala, porta-voz da UNITA, afirma que o processo de desmobilização levado a cabo desde 2002 não está concluído e que o seu partido tem efectuado contactos para a sua conclusão.

Sakala esclarece que o assunto foi abordado “no último encontro” entreJoãoLourenço e Isaías Samakuva”.

Entretanto, Manuel Francisco Saviemba, de 59 anos, pai 7 filhos e um dos militares pertencentes à brigada especial dirigida pelo general Calvino Moises André, conta as vicissitudes por que passa para poder sobreviver.

“Nós combatemos em várias guerras e até agora não fomos desmobilizados, sou obrigado a fazer carvão para poder sobreviver”, conta.

Calvino Moisés Andre fez parte das 59 pessoas detidas pela polícia em 2007, acusadas de posse ilegal de armas e de pertencerem às supostas Forças Armadas de Segurança Estratégica de Defesa de Angola (FASEDA).

Ele e os demais foram julgados e condenados penas entre 2 e 6 anos de prisão pela 4.ª Secção do Tribunal Provincial de Luanda.

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