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Ex-dirigente da JURA foi vítima de uma “cabala”


Mfuka Muzemba, líder da JURA foi suspenso por dois anos
Mfuka Muzemba, líder da JURA foi suspenso por dois anos
Analista considera suspensão do ex-secretário geral da Juventude Unida Revolucionária da Angola uma cabala montada para afastar N´fuka Muzemba dos principais eventos políticos do seu partido e do país.

O caso N´fuka Muzemba
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Ao analisar o caso N´fuka Muzemba, assunto político mais mediático dos últimos tempos em Angola, o Advogado Pedro Kaparakata manifestou as suas dúvidas sobre a possibilidade de um desfecho favorável ao jovem político que prometeu recorrer da decisão do Comité Permanente da UNITA que o suspendeu por um período de 24 meses.

Ex-dirigente da JURA foi vítima de uma “cabala” dos seus adversários.

Para o Jurista, apesar da defesa pública feita pelo então Secretário-geral da JURA, a “cacetada” que lhe foi dada já produziu os seus efeitos nefastos para sua carreira.

A sua ausência no Fórum nacional da Juventude, realizado a na última sexta-feira, que contou a presença do presidente da república, a não participação no congresso da JURA em 2014 e no Congresso geral da UNITA em 2015, são alguns exemplos.

Kaparakata diz não ter dúvidas que a cabala montada contra Nfuka Muzemba terá a mão invisível dos seus adversários políticos do seu partido e do MPLA.

O antigo dirigente da JURA refutou na Quarta-feira, 11 de Setembro, as acusações que pesam sobre si e manifestou o seu descontentamento com a decisão do Comité Permanente da UNITA de o afastar durante dois anos das suas fileiras.

N´fuka Muzemba desafiou a direcção do seu partido a apresentar provas materiais sobre a alegada corrupção activa e passiva, o suposto suborno, bem como o uso indevido do carimbo da UNITA junto da Embaixada Portuguesa.

O jovem político garantiu que vai continuar a militar na UNITA. “ Vou continuar com todos os direitos como qualquer um militante, apesar de não estar a exercer funções de direcção e aceitar voltar a minha condição de militante de base”, disse N´fuka que fez recurso aos escritos do líder da nação mais poderosa do mundo para se fazer compreender e justificar a sua contestação pública.

O deputado à Assembleia Nacional pela bancada da UNITA sustentou a sua tese afirmando que a sua continuidade no Galo Negro deve-se ao facto de se rever no projecto e nas ideias do partido.

N´fuca Muzenba deixou claro que muita água ainda pode correr debaixo desta ponte ao prometer recorrer da “sentença” ditada pelo Conselho Nacional de Jurisdição e aprovada pelo Comité Permanente da UNITA, sobre a qual considera injusta, anti-democrática e que não respeitou a ética. Um recurso será interposto à Comissão Política, órgão hierarquicamente superior ao Comité Permanente para se rever a decisão.

Sobre as supostas provas materiais apresentadas à imprensa por Nfuka o Advogado Pedro Kaparakata disse que pela natureza dos factos o argumento do antigo dirigente político não colhe. Para o Jurista o facto dos pronunciamentos condenatórios terem sido feitos publicamente, no seu desfecho o normal seria pela mesma via apresentar as provas do crime. Não tendo isto acontecido o analista considera um erro da UNITA.

Comité Permanente da UNITA matou politicamente N´fuka Muzemba

O Jornalista e Analista Político Reginaldo Silva condena a forma como o processo contra Nfuka Muzemba foi desencadeado pela Comité Permanente e que culminou com a sua suspensão.

O analista questiona também as possibilidades de uma óptima convivência entre o ex-lider da JURA e os seus colegas no parlamento.

Ao perspectivar o futuro político do então dirigente do braço juvenil da UNITA o Advogado Pedro Kaparakata disse que pondo de parte a possibilidade de uma mudança de partido político, como fez saber Nfuka, ou uma recuperação interna, o Comité Permanente da UNITA “matou”politicamente N´fuka Muzemba.

Oposição angolana perde valor

O Jornalista Reginaldo Silva pensa que em termos de intervenção política a oposição angolana perde valor com a suspensão de Nfuka Muzemba.

A suspensão do então secretário-geral da Juventude Unida Revolucionária de Angola, eleito no II congresso ordinário desta organização juvenil partidária em Julho de 2010 foi decidida durante a última reunião da Comité Permanente da UNITA realizada em Luanda, sob proposta do Conselho Nacional de Jurisdição, que apresentou o seu relatório sobre sindicância movida contra Nfuka Muzemba.

O Conselho Nacional de Jurisdição da UNITA propôs ao Comité Permanente uma sanção de 24 meses de suspensão ao ex-lider partidário, ao que após votações foi aprovado por maioria.

N´fuka Muzemba está suspenso das suas funções de secretário-geral da JURA, da direcção do partido, continuando como deputado à Assembleia Nacional pela bancada da UNITA.
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