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Integração fiscal divide países da zona euro


Nicolas Sarkozy e Angela Merkel estão no centro da nova proposta para a zona euro
Nicolas Sarkozy e Angela Merkel estão no centro da nova proposta para a zona euro

Sarkozy reconheceu que falharam as perspectivas de que todos os países subscrevessem o acordo

O "não" britânico/Monjardino

Os líderes europeus estão divididos acerca de um novo tratado sobre impostos destinado a fazer frente à crise na zona do euro, com a Grã Bretanha recusando-se a aderir a um pacto liderado pela Alemanha e pela França. De Paris, Lisa Bryant, da VOA, enviou-nos um apontamento sobre as conclusões da Cimeira Europeia.

Depois de conversações maratona que se arrastaram até às primeiras horas de sexta-feira, a França e a Alemanha conseguiram que os 17 membros do euro zona assinassem o seu plano para criar uma estrutura governativa da União Europeia fiscalmente mais responsável e mais integrada.

O presidente da União Europeia, Herman Rumpoy, referiu o alcance do acordo.Disse ele:“Quer dizer que estamos todos empenhados com um novo e forte regime fiscal europeu. Quer dizer que os Estados membros irão inscrevê-lo nas suas constituições ou equivalente. Quer dizer que serão reforçadas as regras sobre os deficits excessivos, tornando-os mais automáticos. Quererá ainda dizer que os Estados membros terão que submeter os seus projectos de orçamento à Comissão Europeia”.

Mas,o presidente francês, Nicolas Sarkozy, reconheceu que falharam as perspectivas de que todos os países subscrevessem o acordo.Sarkozy disse, nomeadamente, que a França e a Alemanha teriam preferido que todos os 27 Estados tivessem apoiado o acordo, mas isso não foi possível dada a oposição da Grã-Bretanha. Por isso, teve que ser adoptado pelos 17 membros que partilham a moeda única,o euro, e por todos os outros países que venham a aderir.

Angela Merkel,Nicolas Sarkozy e Durão Barroso
Angela Merkel,Nicolas Sarkozy e Durão Barroso

Para além da Grã-Bretanha,a Hungria rejeitou também aderir ao acordo.A República Checa disse necessitar fazer consultas com o seu governo, antes de tomar uma decisão.Explicando a sua recusa em aderir, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse ter sido uma decisão difícil de tomar, mas que foi a decisão certa:“Se não me deram garantias adequadas para a Grã-Bretanha ao abrigo do novo tratado europeu, não pude concordar com ele. O que a proposta contém não é do interesse da Grã-Bretanha, por isso não aderimos ao acordo”.

O novo tratado destina-se a oferecer uma solução de longo prazo para a dívida soberana da euro zona e a crise bancária que alastrou da Grécia a Portugal e a outras economia maiores, como é o caso da Itália e da Espanha.

A agência de notação financeira Standards & Poor ameaçou despromover quase todos os bancos cemtrais da euro zona. Numa primeira reacção o chefe do Banco Central Europeu, Mário Draghi, elogiou o novo acordo agora negociado, mas há quem receie que este vá enfraquecer a unidade europeia e criar a chamada “Europa a duas velocidades”, constituída por aqueles que que querem uma maior integração (como a Grã-Bretanha) e os que não querem.

Os líderes da União Europeia concordaram em tomar várias outras medidas a curto prazo, incluindo o fortalecimento de medidas de protecção ao financiamento para evitar que a crise alastre.

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