O enviado especial dos Estados Unidos da América para a Região dos Grandes Lagos e para a República Democrática do Congo (RDC), Russell Feingold, esclareceu ontem, terça-feira, a posição de Washington, a para com a pacificação dos Grandes Lagos (África).
O diplomata enalteceu o desempenho de Angola e conta com a liderança de José Eduardo dos Santos, para a pacificação da Região dos Grandes Lagos e para a República Democrática do Congo (RDC).
"Um dos desempenhos melhores não só na África mas no mundo inteiro tem sido a contribuição de Angola para a paz na regiao dos Grandes Lagos", disse Russell Feingold, que falava numa conferência de imprensa telefónica, a partir de Washington, acrescentando que Angola assumiu esse papel em Janeiro e "não parou de lidar com questões que abrangiam desde a FDLR à Declaração de Nairobi e Angola tem muitas outras responsabilidades para com o seu próprio povo".
"Vai ser também presidente do Processo Kimberley, membro do Conselho de Segurança e ainda assim o Presidente ele mesmo, assim como o ministro Chikoty, o ministro da Defesa e outros têm mostrado um forte desejo de resolver as questões da área dos Grande Lagos", continuou Feingold.
O enviado especial reiterou que os EUA estão prontos para apoiar os esforços contínuos dos líderes da região para a busca da paz e prosperidade dos povos, tendo em vista o desenvolvimento regional.
A actual situação no Leste da República Democrática do Congo, que vive já há alguns anos conflitos internos armados, tem sido caracterizada por assassinatos e violações por parte das forças rebeldes da Frente para a Libertação do Ruanda (FDLR).
Este grupo já se comprometeu com a Monusco (missão de paz das ONU) para desarmar e acantonar as suas tropas, facto que até ao presente não cumpriu.
No passado mês de Julho, a Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL) e a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) deram às Forças da Frente para a Libertação do Ruanda (FDLR) um período de graça de seis meses para se renderem de forma pacífica e voluntária. Agora tem até Sexta-feira como ultimato.
Russell Feingold disse que os Estados Unidos agradecem Angola "pela sua liderança".
"Tivemos um diálogo excelente bilateral e isso melhorou as nossas relações e nós ansiamos fortemente sermos parceiros com Angola no Conselho de Segurança das Nações Unidas", concluiu.