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Estudantes moçambicanos denunciam fuga de cérebros para o estrangeiro


Estudantes moçambicanos na universidade da cidade sul-africana do Cabo denunciam fuga de cérebros moçambicanos para o estrangeiro por alegada falta de enquadramento no seu país de origem.

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Os estudantes queixaram-se através de uma mensagem apresentada neste fim-de-semana nas celebrações dos 40 anos da independência nacional na Cidade do Cabo. Os estudantes dizem que mestres e doutores, formados com recursos do Estado moçambicano e que deviam contribuir para a economia procuram melhores condições no estrangeiro.

Na sua mensagem, os estudantes apelaram para a redução do tempo de exercício de cargos de chefia nas instituições públicas. Argumentando que um indivíduo não pode servir como chefe por mais de dez anos no mesmo cargo.

Na sua opinião, "a longa permanência no cargo de chefia promove corrupção, enriquecimento ilícito, compadrio e servilismo que eram severamente criticados pelo Presidente Samora Machel", que proclamou a independência nacional há 40 anos.

Por outro lado, os estudantes criticam o que consideram dolarização da economia nacional.

Para os estudantes, os custos de projectos em Moçambique são avaliados em moeda externa.

Consideram que as indústrias ligeira e pesada são quase inexistentes o que aumenta a dependência em relação ao exterior. Na sua mensagem apelam para o cancelamento do recurso ao FMI e ao reforço das trocas comerciais internas.

O embaixador de Moçambique na África do Sul, Fernando Fazenda, reconhece a veracidade das preocupações dos estudantes e considera ser um desafio para o país.

No contexto cultural, os estudantes defendem que o ensino das línguas nacionais deve ser obrigatório nas escolas para perpetuar a identidade nacional, alegadamente ameaçada pelas potências mundiais.

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