Vários estudantes da Faculdade de Letras da Universidade Agostinho Neto, manifestaram-se nos últimos dias contra a nova direcção da Associação de Estudantes daquela instituição.
Depois de se terem organizado um protesto na semana passada, agora acusam a Juventude do MPLA (JMPLA) de instrumentalizar as associações estudantis das universidades públicas no país.
“Democratização das associações estudantis” é o que exigem os estudantes da Faculdade de Letras da Universidade Agostinho Neto, que acusam a JMPLA de ter instrumentalizado a sociedade académica.
“Qualquer pessoa minimamente consciente consegue notar que em todas as fases eleitorais vemos o MPLA a manipular os seus presidentes e a promover os seus programas nas universidades, o que não acontece com os demais candidatos”, exemplifica Utukidi Scott, estudante do segundo ano de filosofia.
Na semana passada, segundo os estudantes, foi realizada “uma assembleia eleitoral de fachada”, que elegeu um novo corpo directivo, sem dar oportunidade a outros concorrentes.
Para José da Silva Alfredo, esta associação é uma espécie de viveiro da JMPLA porque, quando os líderes terminam um mandato, “muitos deles são encaminhados para as estruturas” do partido governante.
A VOA contactou a presidente da Associação dos Estudantes da Faculdade de Letras da Universidade Agostinho Neto, Miguel Lumbo, e o primeiro secretário da JMPLA, Luther Rescova, mas nenhum deles respondeu.