Os Estados Unidos e as Nações Unidas exigiram provas do paradeiro da tenista chinesa Peng Shuai, que está desaparecida desde acusou um antigo vice-primeiro-ministro de obrigá-la a ter relações sexuais.
O pedido acontece no momento que um jornalista de um órgão público divulgou no Twitter fotos, não confirmadas por fontes independentes, da estrela do ténis chinês sorridente e o editor de um portal do Partido Comunista Chinês adiantou que ela "aparecerá em breve"
A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse que a Administração Biden exige que a China "forneça provas independentes e comprováveis" do paradeiro de Peng e expressou "profunda preocupação" com a atleta.
Por seu lado, as Nações Unidas pediram uma investigação totalmente transparente das alegações feitas por Peng contra o dirigente do Partido Comunista Zhang Gaoli.
Peng, de 35 anos de idade, disse ao portal chinês de redes sociais Weibo no início deste mês que Zhang, agora nos seus 70 anos, a havia "forçado" a fazer sexo durante um relacionamento que durou vários anos.
As alegações foram rapidamente apagadas da plataforma semelhante ao Twitter e Peng não foi mais vista em público.
"É importante ter provas de seu paradeiro e bem-estar", disse Liz Throssell, porta-voz do Escritório de Direitos Humanos da ONU, a repórteres em Genebra, reiterando o pedido de “uma investigação com total transparência sobre a alegação de agressão sexual".
Outras importantes figuras do ténis mundial, dirigentes desportivos, governos e defensores dos direitos humanos também têm pedido por informações da atleta.
O director Associação Feminina de Ténics (WTA), Steve Simon, disse que a organização está disposta a perder centenas de milhões de dólares em negócios chineses num dos seus maiores mercados para garantir o bem-estar de Peng.
O Governo da China recusa-se a comentar o caso.
Entretanto, no sábado, Hu Xijin, o editor do Global Times, do Partido Comunista, escreveu no Twitter: "ela aparecerá em público e participará de algumas actividades em breve".