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Estados Unidos: Conseguirá Trump conquistar os doadores republicanos?


Donald Trump
Donald Trump

Se os candidatos forem Trump e Clinton, "o meu voto será para Hillary", disse William Oberndorf, um dos doadores republicanos.

Donald Trump conseguiu, na semana passada, 1,237 delegados necessários se tornar candidato presidencial republicano nas eleições de Novembro, mas agora inicia uma nova batalha: conquistar os doadores.

A vitória de Trump parecia impossível meses atrás. E hoje, Donald Trump trabalha para que o partido republicano seja à sua imagem.

Com o seu estilo contestado aparentemente por ter pouca elaboração e preconceituoso, Trump conseguiu atrair muitos eleitores nas primárias americanas.

No entanto, essas mesmas qualidades criam um fosso entre as elites republicanas e os eleitores que votaram nele.

Mark Rozel, decano da faculdade de política, governação e relações internacionais da George Mason University, diz que algumas pessoas como o ex-governador Jeb Bush olham frustradas para os eleitores e dizem: “Se é isso que querem, então votem em Trump.”

Rozel diz ainda que há no partido republicano uma sensação de irritação, que ninguém parece saber como controlar.

Mas Trump tem agora a tarefa de conciliar os desejos da elite republicana e os interesses dos seus novos seguidores.

Rozel realça que os líderes do partido estão interessados em primeiro lugar na conquista das eleições e continuar no poder, e que os activistas que participam nas primárias muitas vezes não pensam no candidato mais viável, com melhores chances de ganhar, querem apenas a pureza ideológica.

Na primárias, Trump passou todo o tempo a criticar os doadores republicanos e os políticos, mas agora como candidato presidencial do partido terá de trabalhar com alguns desses doadores para se manter competitivo nas eleições.

Analistas dizem que as eleições de Novembro poderão ser as mais caras da história dos Estados Unidos, o que impõe boas relações entre Trump e os doadores.

Conquistar os doadores é um grande desafio para Trump, uma vez que muitos não confiam nele e não apreciam as suas propostas politicas.

Uma recente análise do New York Times mostra que, pelo menos, uma dúzia dos republicanos mais ricos e doadores de confiança afirmaram que jamais dariam dinheiro a Donald Trump. Trata-se de um grupo que nas últimas três eleições disponibilizou 90 milhões de dólares aos candidatos republicanos.

Um deles é William Oberndorf, gestor de fundos de cobertura, que disse à revista Times que se os candidatos forem Trump e Clinton, o que parece mais provável, “o meu voto será para Hillary”.

Até o momento, Trump garantiu o apoio de alguns senadores, congressistas e figuras proeminentes como o ex-vice presidente Dick Cheney e Sheldon Adelson, uma das pessoas mais ricas do partido.

Alguns antigos rivais nas primárias já se juntaram a ele: Chris Chjristie, governador de Nova Jersia e o neurocirurgião Dr. Ben Carson lideram o seu comité de selecção. Rand Paul e Marco Rubio prometem apoiar Trump nas eleições de Novembro.

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