Os Estados Unidos da América aplaudem a medida tomada pelo ministro da Defesa Nacional Atanásio, Salvador M’tumuke, de nomeação de representantes da Renamo para posições seniores nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).
Trata-se do Brigadeiro Xavier António, Comodoro Inácio Lúis Vaz e Brigadeiro Araújo Andeiro Maciacona, respectivamente indicados em definitivo para os postos de diretores dos departamentos de Operações, Informações Militares e Comunicações no Estado-maior General das FADM.
A embaixada americana em Maputo diz que “estas nomeações permanentes respeitam o espírito do acordo de desmilitarização assinado no ano transacto entre Sua Excelência o Presidente Nyusi e o líder da Renamo Ossufo Momade”.
De igual modo, os Estados Unidos da América congratulam o Grupo Técnico Conjunto para o Desarmamento, Desmobilização e Reintegração pela sua recente concordância em iniciar reuniões preparatórias semanais para o processo de desmilitarização e reintegração.
“Estes anúncios simultâneos promovem a confiança no compromisso partilhado relativamente ao processo de paz”, lê-se no comunicado da embaixada.
Eleições credíveis
Por outro lado, os Estados Unidos América “louvam o líder da Renamo Momade por reafirmar, no seguimento da sua eleição como líder do partido o empenho do seu partido quanto à implementação plena do processo de desmobilização e desarmamento”.
Os Estados Unidos apelam à Renamo e ao Governo da República de Moçambique no sentido de cumprirem os seus respectivos compromissos no processo.
No comunicado, os Estados Unidos da América dizem que permanecem empenhados em prestar o apoio que assegure que o Governo da República de Moçambique e a Renamo assinem um acordo final de cessação das hostilidades e de paz até Abril de 2019, o mais tardar.
O comunicado realça que é essencial o cumprimento rigoroso do prazo "por ambas as partes para manter a assistência contínua da comunidade internacional alargada, e garantir que as eleições nacionais de Outubro de 2019 possam ocorrer numa atmosfera livre da ameaça de violência renovada".
Para os Estados Unidos, o acordo de paz e eleições livres, justas e credíveis são “objectivos são essenciais para atrair o investimento internacional e interno que irá alimentar o desenvolvimento social e económico (…) são também aquilo que o povo moçambicano merece.