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Escolas de missionárias fecham em Malanje


Uma escola angolana
Uma escola angolana

Escolas públicas, sem propinas, nas mesmas zonas pode ser a causa dos encerramentos.

25 Jan 2011 - As missionárias da congregação Maria Francisca da Cortina do Lombe da Igreja Católica, no município de Cacuso, em Malanje, estão preocupadas com o encerramento gradual das suas escolas, abertas há mais de 5 anos,nas comunidades rurais.

No ano lectivo passado deixaram de funcionar os estabelecimentos de ensino “11 de Novembro”, no sector Zanga e do “Kinglês” e, perto 150 alunos ficaram à deriva por se localizarem a mais de 40 e 25 quilómetros daquela sede comunal, respectivamente.

As difíceis condições sociais dos professores e o desinteresse por parte dos alunos foram apontadas como as principais causas para o encerramento das escolas anexas, que no ano lectivo de 2010 contou com mais de três centenas de estudantes e mais de 30 professores.

A responsável pela secretaria da escola da Missão do Lombe, madre Bricia Flores afirmou que o ano lectivo passado foi positivo com o registo de pouco menos de 10 por cento de reprovações e 4 por cento de desistências.

“O ano de 2009 eram quatro, além de Caculo-Canje e Cajimbulo tínhamos o 11 de Novembro e Kinglês, a causa porque foram fechadas estas escolas foi devido ao pouco aproveitamento dos próprios alunos. Os alunos não participavam nas aulas, os professores que chegavam tinham que, quase procurar os alunos em casa deles e, outra causa também, se calhar, foi por falta de alguns próprios professores que por falta de transporte, distancia, então, não foi possível estar sempre, então, a comunidade também reclamou”.

Do ensino primário ao primeiro ciclo do ensino secundário, a escola Maria Francisca da Cortina do Lombe tem matriculado até ao momento 195 discentes, faltando obter os números dos inscritos nas escolas anexas de Cajimbulo e de Caculo – Canje, esta última na eminência de encerrar este ano por desistência de alguns professores.

As escolas católicas daquela congregação já matricularam em anos transactos mais de mil crianças, razão que deixa embaraçada a comunidade missionária local, agora confrontada com a abertura de dois estabelecimentos públicos com as mesmas classes e sem o pagamento de propinas.

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