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Escândalo financeiro abala Vaticano


Praca de Sāo Pedro no Vaticano. Foto de arquivo
Praca de Sāo Pedro no Vaticano. Foto de arquivo

Tribunal ordena julgamento de vários funcionários incluindo um cardeal e ex-dirigentes de serviços de inteligência

Um juíz do Vaticano ordenou hoje o julgamento de dez pessoas, incluindo um cardeal italiano, acusados de diversos crimes financeiros incluindo desvio de fundos, lavagem de dinheiro, fraude, extorsão e abuso de poder.

Entre os acusados está o Cardeal Angelo Becciu bem como antigos dirigentes da Unidade de Inteligência Financeira do Vaticano (Autoridade de Supervisāo e Informaçāo Financeira - ASIF) e dois corretores envolvidos na compra de um edifício numa área de luxo em Londres.

A ASIF foi formada em 2010 para combater e prevenir crimes financeiros dentro do estado do Vaticano.

Becciu que foi demitido pelo Papa Francisco o ano passado e que tem sempre mantido a sua inocência durante a investigação de dois anos é o mais destacado funcionário da igreja sediado no Vaticano a ser acusado de alegados crimes financeiros.

Ao abrigo da lei da Igreja Católica, o Papa aprovou pessoalmente a decisão de se investigar e indiciar Becciu que é acusado de desfalque e abuso de poder.

Uma mulher italiana que trabalhou para Becciu foi acusada de desfalque.

Os corretores italianos Gianluigi Torzi e Raffaele Mincione foram acusados de desfalque, fraude e lavagem de dinheiro. Torzi foi também acusado de extorsāo e em Abril magistrados italianos emitiam um mandato de captura.

Ambos negaram as acusações.

Quatro companhias associadas com diferentes acusados – duas na Suíça, uma nos Estados Unidos e uma na Eslóvénia - também fora indiciadas..

O julgamento deverá começara 27 de Julho no Vaticano, disse uma declaração oficial do Vaticano

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