O banco Credit Suisse anunciou, semana passada, a saída do seu director executivo Tidjane Thiam, afetado por um escândalo de espionagem contra ex-executivos do banco e membros da organização Greenpeace.
A AFP, citando um comunicado do banco, escreve que Tidjane Thiam, 57 anos, deixará o cargo em 14 de fevereiro, após a divulgação dos resultados anuais do banco.
O Credit Suisse foi abalado após a revelação de que Iqbal Khan, ex-diretor de Gestão Internacional de Fortunas do banco, havia sido vigiado depois de sua saída inesperada do grupo para trabalhar no concorrente UBS.
O caso ressurgiu em dezembro, quando o banco admitiu um segundo caso de espionagem, que teve como alvo o ex-diretor de Recursos Humanos. No fim de semana passado, o jornal SonntagsZeitungg informou que a organização ecologista Greenpeace também foi espionada.
Thiam, franco-marfinense, assumiu o comando do banco em 2015, depois de trabalhar na seguradora britânica Prudential. Ao assumir o cargo, Thiam passou a aplicar um vasto plano para reforçar a gestão de fortunas e reajustar o banco de investimentos.
Thiam será substituído por Thomas Gottstein, que comanda atualmente as atividades do banco no mercado suíço e é funcionário do grupo desde 1999.
Recorde-se que o Credit Suisse emprestou parte do dinheiro que originou o escândalo das dívidas ocultas em Moçambique. Alguns dos seus antigos gestores são acusados de corrupção pelos Estados Unidos.