Links de Acesso

Equatorianos escolhem Presidente num ambiente de violência extrema


Os candidatos Luisa González (esq) e Daniel Noboa (dir).
Os candidatos Luisa González (esq) e Daniel Noboa (dir).

A escolha é entre um herdeiro de um império da banana, Daniel Noboa, e uma advogada, Luisa González, ambos sem experiência no Governo.

No Equador, no final de uma campanha marcada pela violência, os eleitores escolhem neste domingo, 15, o Presidente da República, na segunda volta das eleições antecipadas.

A escolha é entre um herdeiro de um império da banana, Daniel Noboa, e uma advogada, Luisa González, ambos sem experiência no Governo.

As eleições ocorrem num momento em que os equatorianos tornam-se vítimas da violência relacionada com as drogas que eclodiu há cerca de três anos e se intensificou em Agosto, quando um candidato presidencial foi assassinado em plena luz do dia.

Assassinado candidato presidencial do Equador
please wait

No media source currently available

0:00 0:01:23 0:00

A Polícia Nacional contabilizou 3.568 mortes violentas no primeiro semestre de 2023.

O aumento da violência está ligado ao tráfico de cocaína. Os cartéis mexicanos, colombianos e balcânicos criaram raízes no Equador e operam com a ajuda de gangues criminosas locais.

Apelo do Presidente que "fugiu" à impugação

Quem vencer por maioria simples de votos governará apenas nos próximos 15 meses, para completar o mandato do Presidente Guillermo Lasso, que dissolveu a Assembleia Nacional do país em maio, enquanto os legisladores levavam a cabo um processo de impugnação contra ele por corrupção.

Lasso, um ex-banqueiro conservador, manteve um confronto permanente com os legisladores após a sua eleição em 2021 e decidiu não concorrer às eleições antecipadas.

Minutos antes da abertura das urnas, Lasso apelou os equatorianos a que realizem eleições pacíficas e que pensem no que é “melhor para os seus filhos, os seus pais e o país”.

Ele disse que os eleitores têm a sabedoria de “banir a demagogia e o autoritarismo enquanto olham para um amanhã de paz e bem-estar para todos”.

O voto é obrigatório no Equador para pessoas de 18 a 64 anos e quem não cumprir a lei tem de pagar uma multa de cerca de 45 dólares.

As urnas serão encerradas no final da tarde e os resultados são esperados ainda na noite deste domingo.

Os candidatos

Daniel Noboa, de 35 anos de idade, é herdeiro de uma fortuna construída com a principal produção do Equador, a banana.

A sua carreira política começou em 2021 quando conquistou um lugar na Assembleia Nacional e presidiu a Comissão de Desenvolvimento Económico.

Ele abriu uma empresa de organização de eventos aos 18 anos e depois ingressou na Noboa Corp. do seu pai, onde ocupou cargos de gestão nos setores de transporte marítimo, logística e comercial.

Luisa González, de 45 anos de idade, ocupou vários cargos públicos durante a década da Presidência de Rafael Correa, seu mentor, e foi deputada até o passado mês de maio.

Ela era desconhecida da maioria dos eleitores até que o partido de Correa a escolheu como candidata presidencial.

No início da campanha, ela disse que Correa seria seu conselheiro, mas recentemente tentou distanciar-se um pouco, num esforço para cortejar os eleitores que se opõem ao antigo Presidente, que tem um mandato de captura da justiça.

Fórum

XS
SM
MD
LG