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Emprego juvenil, o grande desafio do Governo angolano


Especiaistas apontam agricultura como a grande saída para o desemprego juvenil

Dados oficiais indicam que cerca de 45 por cento dos jovens estão desempregados em Angola e, mais de um ano após a posse do novo Governo, a economia não decola.

No fim de semana passado, poucas centenas de jovens marcharam em Luanda para pedir ao Presidente João Lourenço que comece a cumprir a promessa de campanha de 500 mil empregos durante a leguslatura.

Analistas ouvidos pela VOA apontam soluções para a saída do desemprego.

O especialista em gestão de políticas públicas David Kissadila considera que o Executivo deve criar incentivos no interior para desafogar os grandes centros urbanos.

Kissadila entende que a maioria dos jovens não tem preparação para serem absorvidos pelo emprego que requer capacitação e que o trabalho está no campo.

"Temos uma agricultura que praticamente devia absorver grande parte dos desempregados, uma boa parte saiu do campo para os grandes centros urbanossem qualquer qualificação para o emprego nas cidades, a alternativa é o sector informal e por isso vemos muitos jovens nas ruas a vender qualquer coisa para sobreviver", explica David Kissadila, para quem o Governo deve recuperar grande parte dos recursos financeiros nas mãos de um grupo minoritário.

"O desemprego tem muito a ver com a corrupção, cujos recursos que serviriam para promoção de oportunidades e de emprego ficaram nas mãos de uma minoria e este dinheiro pode servir para promover empregos tanto no sector público como no privado", acrescenta Kissadila.

Por seu lado, o presidente da Associação Industrial de Angola (AIA) José Severino partilha da mesma opinião e defende que deve se criar emprego na agricultura, na construção civil e no sector das confecções.

“Somos um bocado lentos a tomar decisões”, lamenta Severino que diz ter a AIA demonstrado na prática como o Executivo deve proceder para recuperar postos de emprego.

“Ainda recentemente no Conselho de Concertação Social foi feita a abordagem pela AIA para se apostar na construção de escolas com material adequado e quem deve executar estas obras são as próprias comunidades, quer sejam jovens ou pessoas de certa idade”, revela Severino que relata experiências nos municípios da província do Kwanza Sul.

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