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Emmanuel Macron perde maioria parlamentar e é obrigado a costurar alianças


Jean-Luc Mélenchon, líder dos socialistas e da coligação de esquerda Nova União Popular Ecológica e Social (NUPES)
Jean-Luc Mélenchon, líder dos socialistas e da coligação de esquerda Nova União Popular Ecológica e Social (NUPES)

É a a primeira vez que um Presidente reeleito não obtém a maioria na Assembleia Nacional

O Presidente francês perdeu a maioria no Parlamento nas eleições deste domingo, 19, ao não conseguir os 289 deputados necessários.

A coligação de Emmanuel Macron, Ensemble! (Juntos!, em francês), elegeu apenas 245 parlamentares (38,52%), de acordo com dados revelados pelo Ministério do Interior.

Em segundo lugar, a coligação de esquerda Nova União Popular Ecológica e Social (NUPES) conseguiu 131 deputados (31,76%), a União Nacional, a extrema-direita de Marine Le Pen, subiu em relação à legislatura anterior, ao conquistar 89 cadeiras (17,20%), seguida de Os Republicanos, a direita tradicional que elegeu 61 deputados (6,99%).

Além disso, os Independentes de Esquerda obtiveram 22 deputados (2,14%), os Independentes de Direita registaram 10 assentos (1,12%), assim como os Regionalistas (1,28%) e, por fim, os Independentes centristas somaram 4 deputados (0,48%).

A abstenção ficou nos 53,77%, um valor menor face ao registado em 2017 (57,4%), mas superior ao da primeira volta (52,49%).

Emmanuel Macron é o primeiro presidente recém-eleito a não conseguir uma maioria absoluta para governar.

Agora, a partir desta segunda-feira, Macron terá de conseguir alianças para poder governar com tranquilidade e impor o seu programa de reformas nos próximos cinco anos.

Obervadores políticos admitem alguma instabilidade política, em virtude de não ser prática na França compromissos parlamentares para assegurar a estabilidade governativa.

A primeira-ministra, Elisabeth Borne - que também era candidata e conseguiu se eleger - disse em discurso que nunca viu uma Assembleia Nacional como a que se configura agora.

"A situação representa um risco para o país, dados os riscos que já temos enfrentado nacional e internacionalmente", declarou Borne, garantindo, no entanto, que "vamos trabalhar a partir de amanhã para construir uma maioria".

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