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Em Angola combate-se a pobreza com luxo - acusa sociedade civil


Angola: Pessoas apanham arroz na estrada em Benguela
Angola: Pessoas apanham arroz na estrada em Benguela

Compra de viaturas de luxo para o programa de combate à pobreza está a dividir a sociedade. Para falar sobre o assunto, ouvimos o activista cívico, Monokwama Piassa, o analista político Albino Pakisi e Ana Nogueira, chefe do departamento da direcção nacional do orçamento.

O Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher vai gastar mais de setecentos mil dólares em carros, no âmbito do Programa de Combate à Pobreza. Uma das viaturas da lista salta à vista: está avaliada em 92 milhões de kwanzas, ou seja, cerca de 178 mil dólares.

Em Angola combate-se a pobreza com luxo - acusa sociedade civil
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No leilão divulgado no portal de compras do referido ministério está previsto a compra de um total de dez viaturas, divididas por quatro lotes, que totalizam 397 milhões de kwanzas, ou seja 768,3 mil dólares.

No primeiro lote estão inscritas seis viaturas tipo pick up, de 2021, e o ministério prevê gastar 213 milhões de kwanzas (412,2 mil USD) no total. Contas feitas pelo Novo Jornal, serão 35,5 milhões de kwanzas (68,7 mil USD) por cada pick up de dez lugares, que servirão para andar no terreno, pelo País, no âmbito do combate à fome e à pobreza.

No anúncio do leilão lê-se que esta compra de viaturas está prevista no Orçamento Geral do estado para o exercício económico de 2022, e que o valor global da aquisição será garantido pela verba inscrita no OGE para a Comissão Nacional de luta contra a pobreza.

Esta informação que tem escandalizado a sociedade acontece numa altura em que a proposta de orçamento geral do estado apreciada, esta semana em Conselho de Ministros, dá prioridade ao sector social, com um peso sobre a despesa total de 23,9%, " com 1,5 biliões de kwanzas para a educação e 1,3 biliões de kwanzas para a saúde".

O activista social Monokwama Piassa lamenta este comportamento reiterado das autoridades angolanas, que do seu ponto de vista não ajuda a melhorar a imagem do país.

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