O Banco Africano de Desenvolvimento(BAD), a maior instituição financeira do continente, escolhe na próxima quinta-feira, 28, o seu novo presidente, de um conjunto de oito candidatos entre os quais, pela primeira vez, há uma mulher: a actual ministra cabo-verdiana das Finanças e Planeamento Cristina Duarte.
Nesta última semana, os governos dos países dos candidatos redobram-se em contactos e espalham charme em Abidjan.
Por ordem alfabeta, os candidatos são: Adesina Akinwimi, actual ministro da Agricultura da Nigéria, Ahmed Sufian (Etiópia), Ayed Jaloul (Tunísia), Bedoumra Kordjé (Chade), Cristina Duarte (Cabo Verde), Kamara Samura (Serra Leoa) Thomas Sakala (Zimbabwe) e Sibide Boubocar Birama (Mali).
O actual Ministro da Agricultura da Nigéria Adesina Akinwimi é uma das individualidades que passeia a sua classe em eventos pan-africanos. Estudou em Harvard, Estados Unidos da América, e é tido por analistas como sendo favorito porque conhece os corredores dos decisores africanos. Devido à sua eloquência e frontalidade, é apontado como tendo conduzido de forma vitoriosa o sector agrário nigeriano.
Entretanto, a Nigéria nunca conseguiu fazer eleger um candidato que, à última hora, abandona a corrida para assegurar a vice-presidência,
A grande surpresa é a cabo-verdiana Cristina Duarte, a primeira mulher a concorrer ao cargo e, segundo fontes bem colocadas, a ministra das Finanças e do Planeamento tem reunido bons apoios e pode ser uma forte concorrente.
Especialistas nas eleições do BAD, dizem que Duarte vai enfrentar Birama Boubacar Sidibé (vice-presidente do Mali), Jalloul Ayed (Tunísia, presidente da Confederação MED), Bedoumra Kordje (ministro das Finanças do Chade), os quatro candidatos considerados com maior potencial para suceder a Kaberuka, tal como tem insistido a imprensa económica internacional.
Entretanto, começa hoje em Abidjan a assembleia-geral da organização que celebra o 50º. aniversário da sua criação, sob o lema “África e a Nova Paisagem Global”.
Durante cinco dias estarão presentes da capital marfinense mais de duas mil individualidades, entre as quais chefes de Estado, governadores dos bancos centrais, agentes económicos e especialistas da área económica.
Recorde-se que aquela instituição financeira tem actualmente 78 Estados membros da organização, 53 deles africanos e 25 europeus, americanos e asiáticos.