A menos que aconteça algum imprevisto, Joe Biden deverá representar o Partido Democrata contra o Presidente Donald Trump neste outono, depois do seu oponente democrata, Bernie Sanders, ter desistido da corrida à nomeação, a 8 de abril.
Biden provavelmente não deve conseguir o número de delegados necessários para garantir a indicação até junho. Mas sem os rivais democratas restantes, está em andamento uma campanha eleitoral geral que certamente será a mais cara e uma das mais desagradáveis da história dos EUA.
Em Biden e Trump, os eleitores escolherão entre dois septuagenários brancos com posições dramaticamente diferentes para cuidados de saúde, mudanças climáticas, política externa e liderança numa era de extremo partidarismo.
Aos 77 anos, Biden torna-se no candidato presidencial mais velho, pelo partido Democrata, da história moderna. E tendo passado a maior parte da sua vida como funcionário eleito em Washington DC, nenhum candidato teve mais experiência no governo.
Mas em Trump, Biden enfrenta um adversário como nunca enfrentou na sua carreira política de décadas.
O Presidente republicano, de 73 anos, abre com uma enorme vantagem financeira e uma vontade bem clara de vencer a qualquer custo. A campanha de Trump está a avançar com um ataque multifacetado que mistura críticas legítimas com acusações infundadas e, em alguns casos, teorias da conspiração. É semelhante ao manual não convencional que Trump usou contra Hillary Clinton há quatro anos, com um sucesso inesperadamente devastador.
