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Economistas angolanos apoiam abolição do Ministério da Economia


De acordo com um decreto presidencial o Ministério da Economia deixa de existir em Angola e passa a haver um Ministério do Planeamento com várias secretarias de Estado.

O Ministério da Economia era constituído por dois pelouros, o da economia e do planeamento. Agora extinguiu-se o Ministério da Economia enquanto o do Planeamento permanece com várias secretarias de Estado e a secretaria de Estado para o investimento público.

A grande maioria dos economistas contactados pela Voz da América deram o seu apoio à decisão do governo.

O economista e professor universitário Heitor Carvalho diz fazer todo sentido o desaparecimento do Ministério da Economia.

"Supostamente o Ministério da Economia deveria superintender os restantes ministérios sectoriais da área económica mas como o ministro de Estado para coordenação económica ja tem esta incumbência não fazia sentido ter ali no meio o Ministério da Economia”, disse.

“Acho que faz todo sentido a sua extinção", acrescentou.

Para o professor de economia a medida peca apenas porque ele extinguiria também o Ministério do Planeamento.

Outro economista, David Kissadila especialista em gestão de políticas públicas, disse que esta extinção do pelouro de economia veio em boa hora.

"Acho que pela pertinência do Executivo, de momento esse Ministério não fará falta aliás por isso foi extinto e (essa decisão) é muito normal."

Damião Cabulo é economista e tem um entendimento diferente. Para ele os problemas da nossa economia não estão na estrutura ministerial.

"Podem até reduzir para dois ministérios, podem aumentar para mil o número de ministérios, o surgimento ou extinção de ministérios nunca teve como base projectos de pais mas sim projectos pessoais”, disse.

“É indiferente existir ou não o pelouro da economia porque todos os instrumentos políticos e económicos criados desde 1975 não deram resultado", acrescentou.

Alves da Rocha, professor de economia da universidade Católica de Angola, é de opinião que este ministério não devia existir.

"O Ministério da Economia tal como está gizado no país pra mim nunca devia sequer ter existido, acho que o ministério fez bem, eu aplaudo a medida.", disse.

O Executivo angolano para além de extinguir o Ministério da Economia e manter o do planeamento deu como finda também a secretaria de Estado do orçamento para o investimento público.

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