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Economist Intelligence Unit admite vitória da oposição em Cabo Verde


Revista especializada adverte que em 2016 haverá um agravar de tensões sociais no país.

A revista Economist Intelligence Unit (EIU) admite que o MpD, actualmente na oposição, pode ganhar as eleições legislativas de 20 de Março em Cabo Verde por pequena margem, mas avisa que o país pode viver um ano de tensões.

Na base dessa advertência, os especialistas da EIU apontam, no seu Outlook, as campanhas para as três eleições em 2016 (legislativas, autárquicas e presidenciais), o fraco crescimento económico e o elevado desemprego, embora também considera que a solidez das instituições democráticas pode garantir alguma estabilidade.

Em matéria económica, a revista inglesa perspectiva uma inflação de 1.1 por cento, contra -0,2 por cento em 2014 e 0,2 por cento 2015, enquanto em 2017 chegará a 2,1 por cento.

O défice fiscal em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) vai também aumentar para 6,2 por cento, face às despesas relacionadas com eleições, mas desce, em 2017, para 5,9 por cento do PIB, à medida que o novo Governo consolide a política fiscal.

Ainda em matéria de aumentos, a EIU prevê que o PIB passará dos previstos 6,3 por cento para 6,7 por cento, em virtude da esperada diminuição da ajuda externa e aumento das importações, lado a lado com uma subida do consumo doméstico.

Em relação ao próprio PIB, e após a descida de 1,7 por cento prognosticada para 2015, voltará a crescer, segundo as projecções da EIU, para 2,4 por cento este ano e 2,6 por cento em 2017.

As taxas de juro continuarão em torno dos 10 por cento.

Na base desse quadro não muito optimista da economia cabo-verdiana, os especialistas da EUI apontam a contínua quebra da confiança dos consumidores, e a falência técnica da companhia aérea de bandeira do país, TACV.

Quanto aos desafios, a revista é clara: o próximo Governo, terá reduzir o desemprego e melhorar o padrão de vida dos cabo-verdianos.

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