A economia de Angola, o maior produtor de petróleo de África, vai crescer abaixo da média da África Subsahariana em 2017, revelou hoje o Fundo Monetário Internacional (FMI) no seu relatório sobre a economia mundial.
"Na África subsaariana, prevemos uma recuperação modesta em 2017, o crescimento deverá aumentar para 2,6% em 2017 e 3,5% em 2018, principalmente alimentado por factores específicos das maiores economias, que enfrentaram condições macroeconómicas desafiantes em 2016", lê-se no documento do FMI.
No caso específico de Angola, o relatório do FMI diz que "o crescimento deve ser positivo este ano, cerca de 1,3 por cento, conduzido por uma expansão do sector não petrolífero devido a um aumento da despesa pública e a melhorias em termos comerciais".
Para 2018, a previsão é de um crescimento de 3,5 por cento.
Quanto aos demais países da África lusófona, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe verão as suas economias crescerem 5 por cento neste ano, enquanto em Moçambique o crescimento será de 4,5 por cento e em Cabo Verde cifra-se nos quatro por cento.
Para o próximo ano, as previsões do FMI apontam para um crescimento na ordem dos 5,5 por cento de São Tomé e Príncipe e de 5,4 para Moçambique.
A economia guineense, ainda segundo o FMI, poderá chegar a 5 por cento e Cabo Verde verá um crescimento de 4,1 por cento.
O documento prevê um crescimento de 0,2 por cento para o Brasil neste ano e uma aceleração para 1,7 por cento no próximo ano, depois de três anos consecutivos de recessão.