Imigrantes encontram-se em apuros na África do Sul mesmo aqueles que apresentam documentos supostamente legais.
O Governo sul-africano encontra-se numa campanha de limpeza a pente fino, confiscando e cancelando documentos de residência permanente suspeitos de terem sido emitidos por vias duvidosas.
Entre eles, mais de 10 mil documentos de imigrantes moçambicanos estão sob investigação e alguns já viram a sua residência cancelada, encontrando-se agora como ilegais.
Muitos têm negócios há vários anos na África do Sul.
Campanha para aquisição de documentos com pouca adesão
Entretanto, o Governo sul-africano autorizou as equipas da Migração e da Identificação Civil de Moçambique a entrar nos bairros para recolher dados dos imigrantes moçambicanos sem documentos válidos.
Existem quatro categorias de imigrantes moçambicanos, a saber, mineiros, residentes permanentes, visitantes com visto de 30 dias e outros que entraram sem qualquer documento de identidade.
Em quase todas as categorias há muita gente sem documentos moçambicanos ou sul-africanos válidos.
Os consulados moçambicanos não emitem certidões de nascimento, bilhetes de identidade e passaportes biométricos desde a entrada em vigor de novos passaportes biométricos, cujo processo de emissão está centralizado em Maputo.
Para complicar a situação, os filhos dos emigrantes indocumentos estão a ser retirados das escolas sul-africanas.
Para ajudar na solução do problema, o Governo moçambicano enviou brigadas para o registo dos imigrantes sem documentos nacionais, mas a adesão é fraca em virtude desses cidadãos não reunirem os requisitos exigidos pelas brigadas, nomeadamente certidão de nascimento, bilhete de identidade ou passaporte manual oficialmente emitidos em Moçambique.
O cônsul-geral de Moçambique na África do Sul, Damasco Mathe, diz estar desapontado com a fraca adesão das pessoas.
Refira-se, no entanto, que a emissão de documentos moçambicanos na África do Sul não resolve o problema dos emigrantes ilegais.
Apenas ajuda aqueles que possuem documentos válidos de residência permanente sul-africanos mas sem documentos moçambicanos.