O Presidente americano, Donald Trump, apoia esforços para melhorar o sistema federal de verificação de antecedentes, disse a Casa Branca nesta segunda-feira, 19..
Um comunicado divulgado pela porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, revela que Trump conversou com o senador republicano John Cornyn sobre a legislação de armas do país na última sexta-feira, dois dias depois de um atirador deixar 17 mortos numa escola na Flórida.
Trump falou com Cornyn, um republicano, sobre o projecto de lei bipartidário que ele e o senador democrata Chris Murphy apresentaram para melhorar a colaboração federal com as verificações de antecedentes criminais, acrescenta Sanders.
"Enquanto discussões estão em curso e revisões estão a ser consideradas, o Presidente apoia esforços para melhorar o sistema federal de verificação de antecedentes", conclui o comunicado.
Desde o tiroteio, Trump não se pronunciou sobre a regulamentação das armas, mas o assuntoressuscitou o debate entre aqueles que pedem um controlo de armas mais severo, como análises criminais e judiciais pré-venda generalizados, e aqueles que se opõem, principalmente a poderosa Associação Nacional de Rifles (NRA) em nome da segunda emenda à Constituição que garante o direito de cada americano de possuir e portar uma arma.
Sobreviventes preparam marcha em Washington
O atirador da escola na Flórida, Nikolas Cruz, de 19 anos, obteve a autorização para comprar a arma apesar dos apontamentos de comportamento violento.
Os sobreviventes do tiroteio anunciaram no domingo uma grande manifestação em Washington, a 24 de Março, para solicitar a rápida aprovação de uma lei que reforça os regulamentos das armas.
O projeto de lei elaborado por um grupo de parlamentares republicanos e democratas foi apresentado em Novembro "para garantir que as autoridades federais e locais façam cumprir a legislação existente e relatem correctamente os registros criminais relevantes ao Arquivo Nacional de Verificação Instantânea (NICS)”.
A proposta prevê um arquivo que deve ser consultado pelos comerciantes de armas antes de vender uma arma, a fim de verificar os antecedentes do comprador, e se ele tem o direito de adquirir uma.
Donald Trump disse em anteriores ocasiões que o problema não estava num controlo maior de armas e anulou um decreto do sue antecessor Barack Obama, que proibia a venda de armas a pessoas com problemas mentais.
Agora, com a forte reacção da opinião pública, o Presidente dá indicações de ter mudado de opinião.