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Dívida milionária faz mais de mil desempregados em Benguela


Empresas que recolhem o lixo nas principais cidades de Benguela alegam que a dívida do Governo Provincial destruiu mil e duzentos e cinquenta (1.250) postos de trabalho nos últimos meses.

Quase um ano após o início dos despedimentos, os funcionários afectados continuam à espera de indemnizações, segundo o Sindicato da Saúde, Administração Pública e Serviços.

Despedidos aguardam compensação - 2:04
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Inúmeros focos de lixo, até mesmo às portas de instituições públicas, ilustram a fraca capacidade das quatro operadoras de recolha, que reclamam uma dívida de 15 mil milhões de Kwanzas, qualquer coisa como 150 milhões de dólares norte-americanos.

Este valor, empurrado para a dívida pública por falta de soluções a nível local, deveria ter chegado aos cofres de empresas que se viram forçadas a mandar para casa milhares de trabalhadores.

À espera da indemnização

Em entrevista à VOA, o secretário-geral do Sindicato da Saúde, Administração Pública e Serviços, Custódio Cupessala, promete ir à luta para as indemnizações que se impõem.

‘’Todas as empresas dizem que não têm dinheiro para indemnizações. Elas dizem que estão à espera do Governo’’, refere o sindicalista, que promete continuar a ‘lutar para que os funcionários recebam o que lhes é devido’

É o que determina, aliás, a legislação laboral em vigor, explica o jurista Viriato da Cruz: ‘’Quando uma pessoa é despedida, tem de receber aquilo a que chamamos de compensação. As empresas só devem declarar falência depois de uma acção no Tribunal’’, lembra.

Uma questão de saúde pública

O regresso do lixo, a coincidir com o início do período chuvoso, gera inquietações em relação à saúde pública.

Em Abril último, os hospitais registavam inúmeras mortes em consequência de uma epidemia de malária.

‘’Pensamos que podemos ter mais mortes, mais hospitais abarrotados, sobretudo com pobres sem capacidade para o sector privado. Pensamos que a situação vai ser drástica’’, adverte.

A preocupação do activista social Domingos Chipilica, num debate radiofónico na Rádio Diocesana de Benguela

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