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Dia das Forças Armadas em Myanmar é o mais sangrento desde o golpe militar: 91 mortos


Veículo militar na parada do Dia das Forças Armadas
Veículo militar na parada do Dia das Forças Armadas

Até agora, activistas e imprensa contabilizam 400 mortos

Em Myanmar, 91 pessoas foram mortas neste sábado, 27, pelas forças de segurança durante mais uma jornada de protestos contra a junta militar em cerca de 40 cidades e regiões do país.

O portal Myanmar Now revela que pelo menos 29 pessoas foram mortas em Mandalay, incluindo um menino de cinco anos de idade, e pelo menos 24 manifestantes morreram em violentos confrontos entre manifestantes e polícia em Yangon.

Numa demonstração de força, o regime militar realizou hoje um desfile massivo na capital Naypyidaw para celebrar o Dia das Forças Armadas, que comemora o início da resistência local à ocupação japonesa durante a Segunda Guerra Mundial.

Enquanto as tropas marchavam ao lado de veículos do exército, o líder da Junta, general Min Aung Hlaing, defendeu o golpe novamente e prometeu renunciar ao poder após novas eleições, sem especificar qualquer data.

Min Aung Hlaing tomou o poder num golpe militar a 1 de Fevereiro, alegadamente devido a fraude eleitoral nas legislativas de Novembro ganhas pela Liga Nacional para a Democracia (LND), Aung San Suu Kyi, que está detida desde então, bem como outros líderes políticos.

Com as mortes de hoje, este sábado é o dia mais mortal da repressão que, segundo activistas e imprensa, já deixou 400 mortos, enquanto a Junta Militar falha em apenas 164.

Há centenas de pessoas detidos e jornalistas desaparecidos.

A embaixada dos Estados Unidos em Myanmar emitiu em comunicado no qual diz que "as Forças Armadas estão a matar civis desarmados, incluindo crianças, pessoas que juraram proteger com razão".

Na sua página no Facebook, a representação diplomática de Washington chamou este sábado de "dia de desgraça".

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